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Com 130 anos de existência, Melhoramentos transforma propriedade dos fundadores em reserva ambiental

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é localizada na Serra da Mantiqueira e conta com a preservação de mais de 23 milhões de metros quadrados de Mata Atlântica

Reserva Particular: A área da reserva da Melhoramentos foi adquirida pelos fundadores em 1942 (Melhoramentos/Divulgação)

Reserva Particular: A área da reserva da Melhoramentos foi adquirida pelos fundadores em 1942 (Melhoramentos/Divulgação)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 20 de junho de 2023 às 14h00.

Última atualização em 21 de junho de 2023 às 13h36.

Cerca de 2.3000 campos de futebol. essa é a área que a Melhoramentos, empresa de capital aberto que controla negócios no setor editorial, de base florestal renovável e imobiliário, quer proteger por meio da criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Parque Levantina. A área, parte da propriedade da companhia, está localizada na Serra da Mantiqueira, no distrito de Monte Verde (MG), e constará entre as cinco maiores do país. A aprovação foi dada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). 

A RPPN Parque Levantina era, previamente, uma que foi área adquirida pelos fundadores da companhia em 1942. A propriedade, localizada no levante de Camanducaia (MG), agora se torna área de preservação da fauna e flora. O processo para a aprovação começou em dezembro de 2020. 

Com isso, a Melhoramentos, que tem mais de 130 anos, é a responsável legal pela preservação e, mesmo se a área for vendida, o próximo proprietário deve manter o compromisso ambiental assumido. A empresa também poderá contar com o apoio de órgãos governamentais para fiscalização e proteção. 

A atuação das RPPNs

“O reconhecimento da RPPN Fazenda Levantina está ligado ao propósito da Melhoramentos desde sua fundação, que é resguardar e preservar o meio ambiente e nossas florestas. Um dos nossos fundadores, Alfried Weiszflog, já antecipava a vocação sustentável da empresa a partir da produção de fibras de alto rendimento e com uma produção consciente. Em seu discurso, ele reforçava os valores, dizendo: ‘Vamos comprar, replantar e não somente usufruir. Vamos reflorestar’. E assim seguimos seu legado”, declara a diretora jurídica, de pessoas e sustentabilidade da empresa, Karin Neves.

De acordo com a legislação de RPPNs, a empresa pode realizar três tipos de atividades no local, sendo elas, com foco em educação ambiental, ecoturismo e pesquisas científicas. São concedidos cinco anos de prazo para apresentar um plano de manejo para a conservação da área, que deverá contar com a aprovação do IEF. 

Além disso, a companhia conta com o selo FSC (do inglês, Forest Stewardship Council) que reconhece a qualidade do manejo realizado. Na área da RPPN Parque Levantina foi encontrado o macaco muriqui-do-sul, um primata ameaçado de extinção e um dos maiores na América. 

Carbono e os objetivos sustentáveis

A existência das RPPNs contribui para uma economia de baixo carbono. Um dos exemplos é o programa Rota de Descarbonização, do governo do Estado de Minas Gerais, que tem como objetivo acelerar ações para zerar as emissões de carbono até 2050.

Essas reservas ainda estão alinhadas com três ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas): o ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis), ODS 13 (Combate às Alterações Climáticas) e ODS 15 (Vida sobre a Terra).

Acompanhe tudo sobre:ReservaPreservação ambientalMeio ambienteMinas Gerais

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