O Citigroup planeja combinar três de seus grupos do banco de investimento como parte da iniciativa para ajudar grandes clientes corporativos a deixar de usar carbono (Emmanuel Dunand/AFP)
Leo Branco
Publicado em 29 de março de 2021 às 13h00.
Última atualização em 13 de abril de 2021 às 16h22.
O Citigroup planeja combinar três de seus grupos do banco de investimento como parte da iniciativa para ajudar grandes clientes corporativos a deixar de usar carbono.
Steve Trauber e Sandip Sen supervisionarão o novo grupo de transição de energia limpa e recursos naturais, que inclui as franquias de energia, eletricidade e serviços públicos e químicos.
A unidade vai trabalhar com outras áreas de cobertura, como industrial e tecnologia, de acordo com memorando enviado à equipe por Tyler Dickson e Manolo Falco, responsáveis globais da unidade de bancos, mercado de capitais e assessoria do Citigroup.
“A transição energética, as mudanças estruturais em andamento nos sistemas globais de energia para levar a soluções de baixo e zero carbono se desenvolverão e se acelerarão na próxima década”, disse Dickson e Falco no memorando de segunda-feira.
“Nossos clientes de químicos, energia e eletricidade, que vão desde multinacionais a empresas alternativas e de energia limpa em rápido crescimento, estão no centro da transição energética, ajudando a impulsionar novos produtos, serviços e tecnologias.”
A mudança é parte da iniciativa do Citigroup para reduzir as emissões de carbono. Jane Fraser, que assumiu o comando do banco de Nova York em 1º de março, prometeu em seu primeiro dia que a instituição pretende zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa de suas atividades de financiamento até 2050.
Os bancos reconheceram que a parte mais difícil de alcançar essas metas é garantir que as empresas que financiam também se tornem neutras em carbono.
O Citigroup, que foi o terceiro maior fornecedor de financiamento para empresas de combustíveis fósseis no ano passado, também prometeu definir metas específicas para setores intensivos em carbono, como energia, para reduzir emissões até 2030.
“Nossa visão é: queremos ser líderes nesses setores e queremos ser líderes na evolução em direção a um futuro que inclui a descarbonização e a energia limpa”, disse Dickson em entrevista.
O Citigroup também está entre os maiores bancos de Wall Street que apostam nas vendas de títulos ligados a questões ambientais, sociais e de governança, ou ESG na sigla em inglês. No ano passado, o banco levantou US$ 1,5 bilhão com seu primeiro título verde denominado em dólares.
No ano passado, o Citigroup criou o grupo de sustentabilidade e transições corporativas dentro do banco de investimento, liderada por Keith Tuffley e Bridget Fawcett. O chamado “supergrupo” anunciado na segunda-feira trabalhará com a operação de Tuffley e Fawcett, de acordo com o memorando.
“Atualmente, energia, eletricidade e químicos são grupos separados”, disse Dickson. “Ao pensarmos nas oportunidades de transição e no futuro da energia limpa, a união dessas equipes faz muito sentido para nós.”