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China supera novo marco ao alcançar meta de energia limpa antes do previsto

Ainda assim, a energia solar e eólica geraram apenas cerca de 14% da eletricidade na China neste ano

Mesmo com plano ambiental indo bem, país ainda é o que mais polui no mindo (Leandro Fonseca/Exame)

Mesmo com plano ambiental indo bem, país ainda é o que mais polui no mindo (Leandro Fonseca/Exame)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 23 de agosto de 2024 às 09h57.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 13h36.

A China, líder mundial no setor de energia limpa, ultrapassou outro marco: sua capacidade eólica e solar superaram uma meta definida pelo presidente Xi Jinping quase seis anos antes do planejado.

No mês passado, a segunda maior economia do planeta adicionou 25 gigawatts à sua matriz energética a partir de turbinas e painéis, expandindo a capacidade total para 1.206 gigawatts, de acordo com a Administração Nacional de Energia nesta sexta-feira. As informações foram divulgadas pela Bloomberg.

Xi estabeleceu uma meta em dezembro de 2020 de pelo menos 1.200 gigawatts de fontes de energia limpa até 2030.

Potência da energia verde

A China gasta muito mais do que o resto do mundo quando se trata de energia limpa e quebrou repetidamente recordes de instalação eólica e solar nos últimos anos. O rápido crescimento ajudou a levar ao declínio na geração de energia a carvão neste ano e pode significar que o maior poluidor do mundo já atingiu o pico de emissões bem antes de sua meta de 2030.

Ainda assim, a energia solar e eólica geraram apenas cerca de 14% da eletricidade na China neste ano. Mais trabalho será necessário para aumentar essa participação e continuar a reduzir a dependência de energias fósseis. Os operadores de rede do país estão investindo pesadamente em linhas de transmissão e armazenamento para conseguir lidar com eventuais instabilidades na geração.

Indústria do aço na China enfrenta crise sem precedentes

indústria siderúrgica da China, a maior do mundo, está diante de uma crise de magnitude superior às quedas registradas em 2008 e 2015. A situação foi descrita como um "inverno rigoroso" pelo presidente da China Baowu Steel GroupHu Wangming, durante a reunião semestral da empresa. Em sua análise, Hu destacou a necessidade de preservar o caixa e minimizar riscos, sugerindo que a crise pode ser mais prolongada e difícil de superar do que o esperado.

O impacto desse alerta já se reflete nos mercados de minério de ferro e aço, com os futuros do minério atingindo seus níveis mais bainduixos desde o ano passado e os preços das barras de reforço em Xangai despencando mais de 4%, atingindo o menor valor desde 2017. A crise no mercado de aço chinês, amplamente influenciada pela desaceleração do setor imobiliário e pela menor atividade industrial, tem gerado uma queda acentuada na demanda doméstica, levando os preços a mínimos históricos e acumulando perdas significativas nas siderúrgicas.

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