Foram apreendidos, também, 2.813 quilogramas de produtos marinhos (corais, enguias, pepinos-do-mar) e 1.190 tartarugas (Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 6 de dezembro de 2022 às 20h07.
Última atualização em 6 de dezembro de 2022 às 20h08.
Uma grande operação internacional contra o comércio ilegal de animais silvestres e madeira levou centenas de pessoas à prisão e provocou o desmantelamento de redes criminosas, anunciou a Interpol nesta terça-feira, 6.
A operação, nomeada "Thunder 2022", foi coordenada pela Interpol e pela Organização Mundial de Alfândegas (OMA) entre 3 a 30 de outubro. A ação mobilizou a polícia, alfândega e serviços de inteligência de 125 nações, um recorde de participação de países nesse tipo de operação desde 2017, quando começou a ser realizada.
A operação visava o cumprimento da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES).
Por meio de inspeções de rotina e verificações direcionadas, centenas de pacotes, malas, veículos e navios foram examinados, muitas vezes com a ajuda de cães policiais e scanners de raios-X.
De acordo com um balanço preliminar, foram realizadas 2.200 apreensões no âmbito da "Thunder 2022", além da identificação de 934 suspeitos e 141 empresas supostamente envolvidas em vendas ilegais.
Entre as apreensões, a Interpol registrou 119 felinos, 34 primatas, 136 partes de corpos de primatas, 25 chifres de rinoceronte, nove pangolins, 389 quilogramas de escamas e outros derivados de pangolins, 750 aves e mais de 450 partes destes animais.
A organização informou, ainda, a apreensão de quase 780 quilos e 516 peças de marfim de elefante, 1.795 répteis e quase meia tonelada de peças e produtos derivados de répteis.
Foram apreendidos, também, 2.813 quilogramas de produtos marinhos (corais, enguias, pepinos-do-mar) e 1.190 tartarugas.
A Interpol informou a apreensão de madeiras de jacarandá, cactos, orquídeas e toneladas de outras plantas.
"As operações são importantes para a segurança mundial, pois o tráfico de madeira e espécies silvestres não representa apenas um problema para a proteção" do meio ambiente, comentou o secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, citado no comunicado.
"Existem agentes que perdem suas vidas todos os anos, meios de subsistência são destruídos (...), governos são enfraquecidos e economias inteiras são destruídas", já que "os enormes lucros potenciais atraem o crime organizado e os terroristas", explicou Stock.
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