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Gabriela Rizzo, da Malwee: "é preciso buscar práticas que equilibrem as necessidades individuais com a responsabilidade de cuidar do planeta, de pessoas e de negócios (Leandro Fonseca/Exame)
Plataforma feminina
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 07h00.
*Por Gabriela Rizzo
Você já parou para pensar por quanto tempo usa as suas roupas e com que frequência adquire novas peças? E, mais importante, tem consciência de como isso impacta o planeta? Uma “simples” blusinha pode não ser tão inofensiva quanto parece. Faço esses questionamentos pois ao avaliarmos as nossas ações de compra, podemos buscar práticas que equilibram as necessidades individuais com a responsabilidade de cuidar do planeta, das pessoas e, também, dos negócios.
Celebrado neste 15 de outubro, o Dia do Consumo Consciente nos convida a fazer escolhas e adotar um estilo de vida mais responsável, considerando não apenas o que queremos, mas como o que consumimos foi produzido, utilizado e descartado.
O consumo consciente envolve uma mudança de hábito que nos leva a valorizar a qualidade e não a quantidade e vai além da escolha de produtos ecológicos. É também escolher marcas comprometidas com práticas éticas e evitar um consumo desenfreado.
Embora esse tema esteja cada vez mais presente no dia a dia e uma parcela significativa de pessoas (62%) afirme saber do que se trata a sustentabilidade e a sua importância, a maioria delas (85%)** ainda acaba consumindo produtos que não contribuem positivamente para o planeta. Isso nos indica que há um longo caminho a ser percorrido para que de fato o consumo sustentável se torne prática e não discurso.
A mudança para um modelo de consumo mais sustentável exige um verdadeiro esforço coletivo. A produção sustentável é um passo importantíssimo e cito como exemplo o nosso Fio do Futuro feito com 85% de peças que seriam descartadas. Mas iniciativas isoladas, por si só, não bastam se não houver uma demanda consciente por parte dos consumidores. Da mesma forma, não se pode exigir mudanças de comportamento sem oferecer opções que sejam inclusivas e acessíveis.
É essencial que essas alternativas sejam amplamente divulgadas e valorizadas, facilitando o acesso para que todos possam fazer escolhas mais responsáveis. Acredito que a chave para essa transformação está na democratização dos produtos sustentáveis, na educação e conscientização dos consumidores. Ao tornar a sustentabilidade acessível, incentivamos um ciclo virtuoso que beneficia tanto o meio ambiente quanto a economia sustentável.
Ao mesmo tempo, cada vez que o consumidor escolhe um produto com atributos sustentáveis está incentivando as empresas a adotarem práticas mais responsáveis e demonstrando que existe demanda por um mercado mais justo.
Para isso, deixo o convite para que você repense suas escolhas e passe a consumir de forma mais consciente. Ao agir assim não está apenas investindo em um futuro melhor para o meio ambiente, mas também criando oportunidades para uma economia mais inclusiva e para o bem-estar de toda a sociedade. Cada compra é um voto pelo tipo de mundo que queremos construir. Escolha com consciência, escolha pelo bem.
* Gabriela Rizzo é CEO do Grupo Malwee
**Dados da pesquisa Impacto ESG no Varejo (Mosaiclab para o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV))