Roberto Sallouti, CEO do BTG: “Iniciativas de ESG e de impacto não são mais escolhas, são compromissos que todas as companhias e a sociedade precisam assumir” (EXAME/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 16h53.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 18h32.
O banco BTG Pactual, do mesmo grupo que controla a EXAME, concluiu sua primeira captação em depósitos sustentáveis. O total captado por de R$ 1,5 bilhão. Os recursos serão destinados a projetos com benefícios sociais e ambientais. "Esta primeira captação é um marco em nossa história e a primeira de muitas”, disse Roberto Sallouti, CEO da instituição financeira. “Iniciativas de ESG e de impacto não são mais escolhas, são compromissos que todas as companhias e a sociedade precisam assumir.”
Mais de 20 empresas participaram da captação como primeiros parceiros da iniciativa, entre elas Ambipar Group, Armac, Casa dos Ventos, Cogna Educação, Comerc Energia, Cosan, Cruzeiro do Sul Educacional, Echoenergia, Eurofarma, Globo, GPA, Grupo Energisa, Klabin, Light, Neoenergia, Porto Itapoá, Raízen, Rede D’Or, Rumo, Simpar, State Grid e WEG.
A operação é parte do Programa de Captação Sustentável, lançado pelo banco em novembro do ano passado. É a primeira iniciativa do tipo na América Latina e faz parte da estrutura criada para dívidas sustentáveis, que podem ser emitidas pela instituição para fomentar setores como energia renovável, eficiência energética, saneamento, transporte limpo, edifícios sustentáveis, habitação e infraestrutura básica acessíveis, manejo sustentável e agricultura de baixo carbono, transmissão de energia, controle da poluição e eficiência dos recursos e financiamento a pequenas e médias empresas.
“Vamos seguir desenvolvendo estratégias para apoiar cada vez mais projetos e ativos com benefícios ambientais e sociais", afirma Patrícia Genelhu, head de investimentos sustentáveis e de impacto do BTG Pactual. “É um sinal do nosso compromisso crescente em ampliar o financiamento associado a benefícios ESG.”
Em novembro de 2020 o banco fez sua primeira emissão verde, um private placement no valor de US$ 50 milhões, e, em janeiro deste ano, fez uma nova captação, um green bond de US$ 500 milhões. Desse total, 71% já foram alocados em 27 empresas, com impactos positivos para a sociedade e para o meio ambiente, como como a redução nas emissões de CO2, o aumento da capacidade instalada de energia renovável, a melhoria na infraestrutura sanitária e o aumento do acesso da população à água potável.