ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Brasil anunciará nova meta climática na COP29

Em nota divulgada pelo governo, país declara aumentar ambição com compromisso de reduzir emissões em até 67% em 2035, em documento que será entregue pelo vice-presidente Geraldo Alckmin

Amazônia: desmatamento aumentou (Per-Anders Pettersson/Getty Images)

Amazônia: desmatamento aumentou (Per-Anders Pettersson/Getty Images)

Lia Rizzo
Lia Rizzo

Editora ESG

Publicado em 9 de novembro de 2024 às 08h57.

Última atualização em 19 de novembro de 2024 às 10h26.

Tudo sobreCOP29
Saiba mais

O governo brasileiro divulgou na noite de sexta-feira, 8, a nova meta climática conforme o Acordo de Paris, que será apresentada durante a COP29, em Baku, Azerbaijão, que acontece entre 11 e 22 de novembro. Líder da delegação brasileira, é o vice-presidente Geraldo Alckmin quem entregará a nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).

Esta é a segunda NDC - documento que estabelece as contribuições de cada país para os objetivos previstos no Acordo de Paris - apresentada pelo Brasil. E estabelece uma meta que considera ambiciosa: reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, comparado aos níveis de 2005. Em números absolutos, isso significa diminuir as emissões para um patamar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente.

A nova NDC também cobre todos os setores econômicos, alinhando-se ao objetivo global de limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, conforme acordado na COP28 em Dubai. Com o compromisso, considerado ambicioso, o Brasil espera pavimentar o caminho para a neutralidade climática até 2050.

Governo brasileiro em anúncio da nova meta climática que será entregue na COP29, em Baku, Azerbaijão. Vice Geraldo Alckmin é chefe da delegação brasileira. (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Meta alinha Plano Clima e Três Poderes

De acordo com nota divulgada pelo governo, a meta representa um marco na transformação do modelo de desenvolvimento brasileiro, integrando-se a iniciativas como o Plano Clima, o Plano de Transformação Ecológica e o Pacto entre os Três Poderes. E a nova NDC reflete tanto a urgência climática quanto a necessidade de construir uma economia resiliente e de baixo carbono.

Em relação à primeira NDC, a nova meta prevê um aumento de 13% a 29% na redução de emissões absolutas para 2030, baseada em uma faixa de valores reconhecendo as incertezas nas projeções futuras e a influência de fatores nacionais e internacionais até 2035.

O Plano Clima, que orientará as ações climáticas até 2035, contempla sete planos setoriais de mitigação e dezesseis de adaptação. O financiamento virá de instrumentos como o Fundo Clima, Títulos Soberanos Sustentáveis, Eco Invest Brasil, Taxonomia Sustentável Brasileira e Fundo Florestas Tropicais para Sempre.

Combate ao desmatamento é prioridade

O governo também afirmou, em nota, que o combate ao desmatamento permanece como prioridade. Conforme informações oficiais, na Amazônia, registrou-se uma redução de 30,63% no desmatamento entre agosto/2023 e julho/2024, atingindo 6.288 km² - a maior queda percentual em 15 anos. No Cerrado, a redução foi de 25,7% no mesmo período, alcançando 8.174 km², o menor índice desde 2019.

Essas reduções no desmatamento evitaram a emissão de 400,8 milhões de toneladas de CO₂ equivalente nos dois biomas nos primeiros dois anos do atual governo. Complementam esses esforços iniciativas como o Plano ABC+, Programa de Recuperação de Pastagem Degradada, Plano de Transição Energética, Programa Nova Indústria Brasil, Planaveg, e diversos outros programas setoriais.

Acompanhe tudo sobre:COP29

Mais de ESG

RD Saúde compra créditos de reciclagem da Papirus em acordo pioneiro no setor de papel

Mães são foco de capacitação gratuita em recursos humanos do Grupo Soulan

A estratégia da Mapfre e Reservas Votorantim para neutralizar as emissões da seguradora até 2028

EXCLUSIVO: As 10 tendências da transição energética na América Latina em 2025