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Biden proíbe novas perfurações de petróleo e gás natural na costa dos EUA

Anúncio acontece duas semanas antes da posse de Trump e impede que petrolíferas explorem mais áreas dos oceanos Atlântico e Pacífico

As plataformas offshore são estruturas industriais construídas em alto mar para a extração e produção de petróleo e gás natural (Terry Vine/Getty Images)

As plataformas offshore são estruturas industriais construídas em alto mar para a extração e produção de petróleo e gás natural (Terry Vine/Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 12h04.

Última atualização em 6 de janeiro de 2025 às 12h56.

Joe Biden proibiu nesta segunda-feira, 6, novas explorações de petróleo e gás natural em uma área costeira de 253 milhões de hectares que contempla os oceanos Atlântico e Pacífico.

O anúncio acontece semanas antes do atual presidente americano deixar o cargo e passar o bastão para Donald Trump, que ao assumir promete aumentar a produção de combustíveis fósseis altamente nocivos ao ambiente. 

Recentemente, os EUA também se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em em 61% até 2035. 

A decisão permanente impede que empresas petrolíferas explorem a Costa Leste, do leste do Golfo do México, as costas de Washington, Oregon e Califórnia, e  partes do Mar de Bering do Norte do Alasca, destacou um comunicado da Casa Branca. 

“À medida que a crise climática continua a ameaçar comunidades em todo o país e estamos em transição para uma economia de energia limpa, agora é a hora de proteger essas costas para nossos filhos e netos”, disse Biden em nota. 

Contemplada pela Lei das Terras da Plataforma Continental Exterior de 1953, a medida dá ao governo federal autoridade sobre a exploração de recursos offshore e não prevê que os presidentes revertam unilateralmente sem antes passar pelo Congresso. Futuramente, isto tornaria a revogação mais difícil para Trump, destacam especialistas. 

"Com as retiradas de hoje, o presidente Biden conservou mais de 253 milhões de hectares de terras, águas e oceanos dos EUA – mais do que qualquer presidente na história”, complementou o comunicado da Casa Branca. 

Após rumores no fim de semana de que Biden faria a declaração hoje, Karoline Leavitt, a nova secretária de Imprensa de Trump, chamou a decisão de "vergonhosa, projetada para exercer vingança política sobre o povo americano que deu ao presidente Trump um mandato para aumentar a perfuração e reduzir os preços do gás". 

Por outro lado, grupos ambientalistas celebraram. A Oceana, organização global de preservação do oceano, compartilhou a notícia em suas redes sociais e escreveu no X: "Hoje, o Presidente Biden protegeu as costas, as comunidades e a vida selvagem dos Estados Unidos, salvaguardando a Costa Leste, a Costa Oeste e o leste do Golfo do México da perfuração offshore. Obrigado"

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