(Ian Waldie/Bloomberg)
Da redação, com agências
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 06h00.
A BHP, maior mineradora do mundo, enfrenta uma votação decisiva nesta quinta-feira, 14. Os acionistas se reúnem em assembleia para debater se apoiam ou não o plano climático da companhia. A dúvida é se as metas de redução de emissões estabelecidas são ambiciosas o suficiente.
Segundo o jornal Financial Times, ao menos três dos 30 maiores acionistas afirmam que têm dúvidas sobre a proposta. A previsão é que a votação seja apertada. Apesar do resultado não obrigar a administração a abandonar o plano, sua rejeição enviará uma mensagem clara aos executivos: é preciso fazer mais.
Alguns consultores importantes já recomendaram aos clientes que votem contra o plano. É o caso da Glass Lewis, que considerou limitada a estratégia para reduzir as emissões de escopo 3, que engloba as atividades de fornecedores.
Mudanças em curso
A mineradora passa por um momento intenso de reestruturação. Em agosto, a empresa reportou seu maior lucro anual em quase uma década e um dividendo recorde na esteira do aumento dos preços do minério de ferro, além de ter anunciado a saída da seus negócios de petróleo, avaliados em 13 bilhões de dólares, como parte de uma reformulação de portfólio.
O grupo planeja vender seus ativos petrolíferos para a Woodside Petroleum, criando uma nova e maior empresa de petróleo para navegar melhor pela transição energética e dar aos acionistas mais chances de escolher a forma como a companhia administra sua exposição aos combustíveis fósseis, disse o presidente-executivo da empresa, Mike Henry.
O acordo dará aos acionistas da BHP uma participação de 48% na nova companhia.