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Ambipar se torna a primeira empresa privada a ter ações verdes da B3

A multinacional de soluções ambientais precisou atender a critérios rigorosos para receber a certificação, conquistada até hoje por apenas 0,02% das companhias listadas nas maiores bolsas globais

 (Ambipar/Divulgação)

(Ambipar/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 1 de outubro de 2024 às 15h15.

Última atualização em 1 de outubro de 2024 às 17h52.

Visando reconhecer companhias que contribuem para uma economia de baixo carbono e combate às mudanças climáticas, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) concedeu, na segunda-feira (30), o selo verde para as ações da Ambipar, multinacional brasileira de soluções ambientais, também listada na Bolsa de Nova York. A empresa investe e opera globalmente em projetos de descarbonização, economia circular, transição energética e regeneração ambiental.

A certificação, concedida pela Standard & Poor’s, uma das maiores agências de classificação de risco do mundo, torna a Ambipar a primeira empresa privada da América Latina a ter ações verdes listadas na bolsa. No Brasil, a companhia de saneamento paulista Sabesp foi pioneira e a terceira do mundo a obter o selo, quando ainda era estatal.

Rafael Tello, vice-presidente de Sustentabilidade da Ambipar, disse à EXAME que a conquista é muito importante e reflete o alinhamento total com a sustentabilidade. "Queremos sinalizar para o mercado que, ao procurar investir em uma empresa alinhada com o enfrentamento das crises mais urgentes, o investidor pode contar com a Ambipar. Estamos entregando resultados consistentes, seja na operação, nos investimentos ou no atendimento aos clientes e nos direcionando de acordo com a nossa filosofia, visão e missão", disse. 

Olhando para fora, o objetivo é atrair investidores preocupados com questões socioambientais e clientes que buscam fornecedores preparados para entregar resultados, transformando o desempenho e modelo de negócio em valor para a companhia, destacou Rafael.

Já internamente, o foco é evoluir a partir dos pontos de atenção e diagnósticos, aprimorando ainda mais as entregas e gestão. "Assim, seremos capazes de gerar cada vez mais impacto positivo para a sociedade e o ambiente. Sabemos que ainda há muito a avançar, e essa análise também ajuda a entender as novas demandas e a traduzi-las em planos de ação e iniciativas que fomentem nosso desenvolvimento econômico, ambiental e social para todos os stakeholders", complementou.  

Baseado nos princípios do "green equity principles" da Federação Internacional das Bolsas de Valores, lançados em 2023, o selo fortalece a reputação das organizações que integram a sustentabilidade em seus negócios e atrai mais investidores conscientes. Atualmente, das 540.221 ações listadas nas principais bolsas globais, apenas 0,02% possuem essa certificação. 

Para conquistar o selo verde, as empresas precisam atender a critérios rigorosos, como ter pelo menos 50% da receita bruta anual proveniente de atividades sustentáveis, além de destinar mais de 50% de seus investimentos e despesas operacionais a essas atividades. Outro requisito é que menos de 5% da receita bruta seja originada de combustíveis fósseis -- um dos principais vilões do aquecimento global.

Janaina Vilella, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da B3, destacou em nota que a agenda ambiental, social e de governança é urgente e cada vez mais o mercado de capitais demanda responsabilidade socioambiental das empresas listadas "A designação pode ser usada pelos gestores como uma ferramenta de planejamento para os investimentos das companhias, além de apoiar decisões, mitigar riscos e diversificar o portfólio dos investidores”, disse.

Lançado em maio deste ano, o selo de 'ação verde' se soma a outros produtos ESG da bolsa brasileira, como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3), títulos temáticos ESG e o Crédito de Descarbonização (CBIO).

Acompanhe tudo sobre:B3FinançasSustentabilidadeClimaMudanças climáticasESG

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