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Jean Carlos Borges, presidente da Algar Telecom (Leandro Fonseca/Exame)
Jornalista
Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h21.
Última atualização em 13 de junho de 2023 às 15h21.
Duas frentes em particular têm ganhado mais força na Algar Telecom: os trabalhos de estrutura de rede para melhorar o acesso em pequenas cidades e as práticas ambientais. Recentemente, a Algar Telecom anunciou a adesão à Science-Based Targets iniciative (SBTi).
A iniciativa, criada pelo Pacto Global das Nações Unidas e parceiros, tem como objetivo a mobilização global do setor privado em torno de ações climáticas. A operadora se comprometeu a reduzir ainda mais as emissões de gases de efeito estufa até 2030 nos seus processos e operações.
No ano passado, a Algar Telecom conseguiu levar a toda a operação 100% de energia proveniente de fontes renováveis (considerando autogeração de energia, compra via mercado livre e aquisição de certificados).
A preocupação com as emissões também chegou aos tanques dos veículos da frota da companhia. Atualmente, cerca de 90% do consumo é de etanol em vez de combustíveis fósseis.
Outro recurso é o uso de um chip em cada veículo que monitora como o motorista se comporta ao volante. Isso porque a condução perigosa, com excesso de velocidade, além dos riscos à segurança, impacta o consumo de combustível.
A telemetria também ajuda a identificar veículos com consumo acima da média, antecipando necessidade de reparo ou de substituição.
Jean Carlos Borges, presidente da Algar Telecom, diz que a empresa se mantém na jornada de acreditar “muito mais no ser do que no parecer”. “Não queremos parecer algo, queremos ser e mostrar nossas ações no dia a dia”, diz. Para o executivo, os esforços socioambientais servem também para atrair talentos alinhados ao propósito da companhia.
Além dos avanços com a transição energética, Borges acrescenta outro papel importante da operadora de telecom ainda na jornada ambiental. Para ele, quando uma operadora com o perfil da Algar, com uma atuação forte no interior do país, expande sua estrutura de comunicação, gera uma série de impactos positivos indiretos.
O executivo argumenta que a conectividade traz eficiência e conhecimento, com sistemas de dados que melhoram aspectos como logística e atendimento ao cliente, tornando uma série de processos mais eficientes. Um sistema de logística melhor vai, por exemplo, reduzir as emissões de poluentes.
“No nosso caso, apenas 10% dos municípios atendidos têm mais de 50.000 habitantes, e quase 60% têm menos de 20.000. São localidades que contam com a mesma fibra óptica dos grandes centros, o que ajuda muito os negócios de diferentes portes a serem mais competitivos e eficientes”, pontua.