ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Além da cozinha saudável: air-fryer é menos prejudicial ao meio ambiente, diz estudo

De acordo com pesquisa da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, uso da fritadeira elétrica emite menos micropartículas poluidoras do que outros tipos de fritura

O preparo na air-fryer apresentou um resultado muito inferior na geração de micropartículas poluidoras (Getty Images)

O preparo na air-fryer apresentou um resultado muito inferior na geração de micropartículas poluidoras (Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 18h11.

Tudo sobrePoluição
Saiba mais

As fritadeiras elétricas, mais conhecidas como air-fryer, se tornaram muito conhecidas nos últimos anos a partir da promessa de fritar alimentos sem o uso de óleo, apenas com o ar, tornando as refeições mais saudáveis. Um estudo da Universidade de Birmingham, Reino Unido, agora aponta que o equipamento também pode ser um aliado do meio ambiente.

A pesquisa aponta que a poluição de ambientes fechados é praticamente nula a partir do uso da air-fryer, enquanto outros tipos de fritura e cozimento podem gerar consequências para a saúde, como agravamento de doenças pulmonares e cardiovasculares.

Durante os testes, os pesquisadores avaliaram cinco técnicas de fritura em um peito de frango, sendo três técnicas de fritura em óleo, cozimento em água e a fritadeira a partir do ar. Os cientistas avaliaram os níveis de matéria particulada em suspensão (ou seja, partículas poluentes invisíveis a olho nu) e compostos orgânicos voláteis (substâncias químicas com alta pressão de vapor, que causam dificuldades respiratórias e ao sistema imunológico no longo prazo).

A fritura em panela apresentou uma média de 92,9 μg/m³ de emissão de material particulado. Já o preparo na air-fryer apresentou um resultado muito inferior na geração de micropartículas poluidoras, de apenas 0,6 μg/m³, e o cozimento com água fervente atingiu 0,7 μg/m³.

De acordo com o estudo, nos testes com o óleo mais quente, houve maior liberação de partículas no ar. Além disso, quando foi utilizada a fritura por imersão e com movimentação do alimento, a poluição foi menor.

Poluição no ar

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para manter a qualidade do ar, é necessário que a emissão de material particulado esteja abaixo de 15 µg/m³.

Já a presença de compostos orgânicos voláteis, medidos em parte por bilhão (ppb), também foi maior nas técnicas de fritura: entre 260 ppb e 110 ppb, variando a partir da temperatura e quantidade do óleo utilizada durante a cocção. Quando utilizada a água fervente, o resultado foi de 30 ppb. A Air-Fryer foi campeã mais uma vez, com a liberação de apenas 20 ppb.

O químico mais encontrado após a fritura com óleo foi o butadieno, que causa irritação nos olhos, nariz e garganta, além da queimadura e irritação no contato com a pele. Já na utilização da air-fryer, os níveis foram tão baixos que a pesquisa não conseguiu identificar quais os compostos químicos mais presentes.

A pesquisa ainda detalha que pelo calor da air-fryer estar concentrado dentro do eletrodoméstico durante a utilização, há uma redução na degradação térmica e na distribuição de partículas e compostos voláteis.

Acompanhe tudo sobre:PoluiçãoEletrodomésticosMeio ambienteSaúde

Mais de ESG

Proteína de algas marinhas pode potencializar antibióticos e reduzir dose em 95%, aponta estudo

Como distritos de Mariana foram reconstruídos para serem autossustentáveis

'Rodovia elétrica' entre Etiópia e Quênia reduz apagões e impulsiona energia renovável na África

Ascensão de pessoas com deficiência na carreira ainda é desafio, diz estudo