ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

AkzoNobel transforma resíduos em matéria-prima para produção de tintas

A companhia holandesa avança em economia circular com um projeto de reaproveitamento de 30% do lodo industrial na unidade de Mauá, em São Paulo

A Coral Pinta Piso, utilizada especialmente em ambientes internos e externos, utiliza a matéria-prima sustentável para formular cores intensas (Stock.xchng)

A Coral Pinta Piso, utilizada especialmente em ambientes internos e externos, utiliza a matéria-prima sustentável para formular cores intensas (Stock.xchng)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 11 de janeiro de 2025 às 08h00.

A AkzoNobel, companhia holandesa de tintas e revestimentos, desenvolveu um projeto pioneiro no setor de reaproveitamento do lodo industrial em sua unidade de Mauá (SP). Ao transformar o resíduo gerado na fabricação da tinta Coral Pinta Piso em matéria-prima para a produção, a empresa avança em economia circular e reduz o descarte em aterros.

Atualmente, 30% do lodo fruto do tratamento de efluentes é reutilizado na produção de tintas  . O restante do material, tratado e não contaminado, é transformado em briquetes para recuperação energética. Com 100% de reaproveitamento, a AkzoNobel busca alcançar sua meta de zerar resíduos destinados a aterros até 2030.

A Coral Pinta Piso, utilizada especialmente em ambientes internos e externos, utiliza a matéria-prima sustentável para formular cores intensas, como cinza, vermelho e verde. Em 2024, o segmento registrou crescimento de 8,5% no mercado de tintas, segundo a ABRAFATI. Além do Brasil, o produto é exportado para países como Bolívia, Paraguai, Reino Unido e África do Sul.

Impacto ambiental

Elaine Poço, diretora de Pesquisa & Desenvolvimento e Sustentabilidade da AkzoNobel LATAM, destaca que o projeto é parte de uma estratégia maior da AkzoNobel para alcançar 100% da circularidade até o fim desta década. Aliado com o reúso da água também na unidade em Mauá, é capaz de reduzir cerca de 260 toneladas de emissões anuais de CO₂ -- o equivalente à absorção de mais de 30 mil árvores.

Além disso, é integrado ao manejo sustentável realizado na Reserva Coral Tangará, área de 700 mil m² dentro da unidade. Desde o início das ações de reflorestamento, a vegetação nativa do local cresceu de 5% para 90%, contribui para a recarga de águas subterrâneas e abriga 125 espécies de fauna.

A água utilizada na fábrica é tratada em uma estação própria, onde passa por uma membrana de ultrafiltração que retém até vírus e bactérias. Com um investimento de R$ 13 milhões, a empresa passou a reaproveitar todo recurso hídrico em seus processos, eliminando descartes.

Acompanhe tudo sobre:SustentabilidadeESGEmissões de CO2IndústriaReciclagemEconomia Circular

Mais de ESG

Instituto Clima e Sociedade busca projetos de transição energética para investir até R$ 6 milhões

Iniciativa da bioeconomia movimenta R$ 1,6 milhão com produtos do extrativismo no Amazonas

BlackRock rompe com grupo climático em meio à pressão política nos EUA

O que esperar do Tratado Global de Plásticos em 2025