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Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Natura: "Os direitos humanos são direitos das mulheres e negar essa verdade equivale a negar a dignidade humana das mulheres"

O cinema brasileiro abriu o mês internacional da mulher que celebra Beijing + 30 com uma aula magna sobre o poder da cultura e da arte (Robyn Beck / AFP/Getty Images)

O cinema brasileiro abriu o mês internacional da mulher que celebra Beijing + 30 com uma aula magna sobre o poder da cultura e da arte (Robyn Beck / AFP/Getty Images)

Daniela Grelin
Daniela Grelin

Diretora Executiva do Instituto Natura

Publicado em 5 de março de 2025 às 11h02.

O Brasil celebrou um Oscar histórico, mas essa vitória vai além do cinema. É sobre cultura, resistência e o poder das mulheres na construção de um mundo mais justo.

Veio do talento brasileiro a razão para continuarmos sorrindo de um jeito especial neste mês internacional da mulher.

Há 30 anos, durante a IV Conferência Mundial sobre a Mulher, considerada a mais influente, tanto pelas pessoas que reuniu, quanto pelos conceitos e plataforma de ação que propôs ao mundo, representantes de 189 países ouviram a então Primeira Dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton, afirmar algo tão evidente em sua lógica quanto fudigia em sua prática: "os direitos humanos são direitos das mulheres e os direitos das mulheres são direitos humanos, de uma vez por todas".

Negar esta verdade, por convicção ou omissão, equivale a negar a dignidade humana das mulheres.

Na Conferência sobre a Situação das Mulheres, que se inicia na semana que vem na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, é hora de fazer um balanço das conquistas e retrocessos nesta jornada. É de interesse de todos nós, pois construir um mundo que respeita as mulheres é o melhor preditor de estabilidade, desenvolvimento econômico e resiliência para uma nação. Em outras palavras, empoderar as mulheres é empoderar a humanidade.

Direitos das mulheres e o Oscar

A Plataforma de Ação de Pequim aponta as alavancas críticas para mover os direitos das mulheres em diversas áreas - educação, saúde, enfrentamento à violência de gênero, desenvolvimento econômico, leis e costumes. Mas após o Carnaval, ainda enlevada pelo orgulho pelo primeiro Oscar brasileiro de Melhor Filme Estrangeiro para ‘Ainda Estou Aqui, meu desejo é me juntar aos milhões de brasileiros que somaram o orgulho da vitória à alegria do Carnaval.

Nosso triunfo cultural é o triunfo da resistência sobre o autoritarismo, da coragem sobre o medo paralisante, da memória sobre o esquecimento, da arte sobre a violência. Como disse Walter Salles: “dedico este prêmio a uma mulher que depois de uma perda sofrida em um regime autoritário decidiu não se curvar e resistir. O nome dela é Eunice Paiva. Dedico este prêmio às duas mulheres extraordinárias que deram vida à ela: Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.”

O cinema brasileiro abriu o mês internacional da mulher que celebra Beijing + 30 com uma aula magna sobre o poder da cultura e da arte de resgatar as injustiças da invisibilidade, de enredar-nos em uma história de vida singularmente inspiradora e lembrarmos de que somos todos partícipes do enredo de uma sociedade em que a paz, a equidade e a dignidade são a única alternativa compatível com a nossa humanidade comum.

Ao ser preterida no prêmio de melhor atriz, Fernanda Torres lembrou em seu perfil a frase icônica de sua personagem: “Vamos sorrir. Sorriam!” É como se nos lembrasse de que não sorrimos porque o mundo é justo, mas porque a nossa arte, nosso amor, nossa cultura e nossa alegria são o que temos de melhor a oferecer para transformá-lo! Sabedoria feminina.

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