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91% dos trabalhadores se sentem mais motivados em empresas com responsabilidade socioambiental

Pesquisa das consultorias GlobeScan e Ashoka aponta que funcionários esbarram em hierarquia, falta de tempo e orçamento para implementar mudanças estruturais nas companhias

Por outro lado, os principais facilitadores incluem uma cultura organizacional de apoio, que promove autonomia, escuta novas ideias e incentiva o trabalho em equipe (Portra/Getty Images)

Por outro lado, os principais facilitadores incluem uma cultura organizacional de apoio, que promove autonomia, escuta novas ideias e incentiva o trabalho em equipe (Portra/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 18 de janeiro de 2025 às 12h05.

Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 14h27.

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Um novo estudo conduzido pela consultoria de negócios GlobeScan e a organização de apoio ao empreendedorismo social Ashoka revela uma significativa desconexão entre o discurso corporativo sobre sustentabilidade e suas práticas reais. De acordo com a pesquisa, que ouviu 8.613 funcionários de grandes empresas em 31 países, incluindo o Brasil, 74% dos respondentes identificam inconsistências entre o que suas empresas dizem sobre responsabilidade social e ambiental e seus comportamentos efetivos.

O levantamento, que traz uma nova perspectiva ao tema tradicionalmente centrado nas visões da alta liderança e investidores, mostra que as empresas enfrentam um desafio crescente para alinhar suas promessas de sustentabilidade com impactos reais.

"Empresas que não alinham suas metas a ações podem perder talentos atuais e futuros", alerta Chris Coulter, diretor executivo da GlobeScan. Segundo ele, "os funcionários são mais leais e motivados quando veem sua empresa tomando medidas concretas para contribuir positivamente com a sociedade e o planeta."

Motivação e lealdade ligadas à sustentabilidade

A pesquisa indica que 88% dos entrevistados globalmente - e 91% no Brasil - concordam que seu comprometimento e motivação aumentam quando a empresa melhora seu desempenho em responsabilidade social e ambiental. Além disso, 82% dos respondentes acreditam que contribuem para criar soluções sociais e ambientais positivas através de seu trabalho.

No entanto, apesar do otimismo dos funcionários, o estudo aponta que os esforços individuais ainda não se traduzem suficientemente em mudanças efetivas nas práticas empresariais. "Há uma grande oportunidade para as empresas mobilizarem suas equipes em ações de sustentabilidade. Os funcionários desejam contribuir, mas precisam de um ambiente organizacional que potencialize suas iniciativas", destaca Sarah Jefferson, diretora da iniciativa Empresas Transformadoras da Ashoka.

Obstáculos e facilitadores para a transição

O estudo identificou os principais obstáculos e facilitadores que afetam a capacidade dos funcionários de gerar impactos positivos no trabalho. Entre as barreiras mais citadas estão a percepção de que a sustentabilidade é responsabilidade de outros setores, falta de tempo para implementação, excesso de hierarquia e limitações financeiras.

Por outro lado, os principais facilitadores incluem uma cultura organizacional de apoio, que promove autonomia, escuta novas ideias e incentiva o trabalho em equipe. A forte colaboração, tanto entre departamentos internos quanto com partes interessadas externas, também foi destacada como fundamental para gerar valor de longo prazo.

Para os especialistas, os resultados sugerem que, embora as empresas possam ter ambições de sustentabilidade bem-intencionadas, é necessário investir na transformação da cultura organizacional e em sistemas operacionais para aproveitar plenamente o potencial de seus funcionários.

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