Apoio:
Parceiro institucional:
Consumidores querem visualizar claramente a pegada de carbono dos produtos que compram (PUGUN SJ/iStockphoto)
Repórter de ESG
Publicado em 20 de junho de 2024 às 07h00.
A busca por produtos mais sustentáveis tem refletido nas vendas. De acordo com o relatório Varejo 2024, da companhia de tecnologia de pagamentos Adyen, o Brasil é o segundo país mais preocupado com o compromisso social e ambiental dos varejistas, resposta apresentada por 46% dos consumidores. O país só fica atrás da Índia, com 49% de preocupação quanto ao ESG no varejo.
A maioria dos consumidores brasileiros (56%) aponta que pagaria a mais em um produto caso o vendedor fosse transparente sobre as medidas utilizadas para reduzir o impacto no meio ambiente. Metade deles ainda indicou que querem visualizar de forma mais clara a pegada de carbono dos produtos que consomem, como ocorre ao conferir as informações nutricionais nos alimentos.
Com uma maior conscientização dos consumidores, o cuidado socioambiental para os varejistas é também uma forma de gerar lucro. Dos respondentes, 22% buscam aumentar suas receitas a partir da descarbonização das operações e de uma maior sustentabilidade na cadeia produtiva.
Para Renato Migliacci, vice-presidente de vendas da Adyen Brasil, os benefícios ESG atingem também o bolso dos negócios. “A responsabilidade socioambiental, além de ser uma prioridade para o consumidor atualmente, é também uma oportunidade para empresas aumentarem sua oferta de valor, gerando impacto social e incremento de receita”, conta.
A responsabilidade social também foi medida pela pesquisa. Enquanto 54% dos respondentes brasileiros acreditam que os varejistas devam oferecer um recurso para doar para instituições de impacto social, o mesmo só foi respondido por 33% dos consumidores internacionais.
A prática, que inclui a venda de produtos sociais no caixa das lojas ou o arredondamento do troco para apoiar instituições, é utilizada por 20% dos varejistas brasileiros. Metade deles está concentrado no setor de mercados, apesar de ser também o setor menos motivado a descarbonizar o negócio: apenas 11% dos negócios demonstraram buscar a redução das emissões de CO2.