Segundo uma pesquisa da Gallup, funcionários que acreditam que suas empresas se importam com seu bem-estar têm três vezes mais chance de se engajar no trabalho. (FG Trade/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2022 às 15h51.
Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 15h55.
São Paulo - Já faz algum tempo que a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, no inglês) vem sendo tratada como prioridade pela alta liderança de grandes empresas.
Mas se a pauta ambiental antes era a grande protagonista da sigla, a pandemia de Covid-19 colocou a letra “S” sob os holofotes.
Enquanto termos como “grande demissão”, “demissão silenciosa”, “trabalho híbrido” e “saúde mental” ganham o vocabulário corporativo, a área de Recursos Humanos se tornou determinante para a própria sobrevivência dos negócios.
“Mais do que nunca, colaboradores, consumidores e investidores estão olhando com lupa para uma série de indicadores sociais antes de escolher uma empresa”, explica Renata Faber, diretora de ESG da Exame, que irá palestrar no Ceará RH, principal evento do segmento no Nordeste brasileiro.
Em sua participação, Faber irá explicar qual é o papel do gestor ESG no mundo pós-pandemia, e quais boas práticas precisam estar no centro da estratégia do RH. Confira a seguir 3 delas:
Embora muitos líderes já reconheçam a máxima de que empresas mais diversas também são mais inovadoras, alguns ainda não entendem a própria extensão do conceito de diversidade.
“Diversidade de gênero não é mais o suficiente. É preciso ter diversidade racial, diversidade etária, de pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência e neurodiversidade. E tudo isso, em diferentes níveis hierárquicos e departamentos da empresa”, explica Faber.
Outro assunto intimamente relacionado que está na mira de investidores e colaboradores são as políticas salariais das empresas.
Homens e mulheres recebem a mesma remuneração para funções similares? Qual é o piso salarial dos colaboradores? Como é calculada a remuneração do CEO?“
A transparência nessas questões é fundamental para que os colaboradores possam se sentir valorizados e tratados com equidade”, afirma.
A pandemia fez com que milhões de pessoas reavaliassem a relação entre vida pessoal e trabalho. “Sobretudo para as novas gerações, critérios como propósito, bem-estar e saúde mental passam a ser mais importantes na escolha de um trabalho do que o próprio salário”, explica Faber.
Segundo uma pesquisa da Gallup, funcionários que acreditam que suas empresas se importam com seu bem-estar têm 69% menos chance de procurar por um novo emprego, 71% menos chance de sofrer um burnout e três vezes mais chance de se engajar no trabalho.
“Ou seja, empresas que não se preocupam com seus colaboradores não são apenas desumanas. Elas estão perdendo uma grande oportunidade de gerar resultados”, ressalta.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, a pandemia acelerou uma “crise de competências” que já vinha se desenhando nas empresas.
Hoje, 98% das empresas relatam uma lacuna significativa de habilidades em seus colaboradores. E de acordo com o LinkedIn, 40% das competências necessárias para as mesmas funções devem mudar até 2025.
“Nesse contexto de escassez de talentos, as empresas precisam mais do que nunca investir na capacitação de seus colaboradores”, diz Faber.
A especialista ainda lembra que, para 75% dos brasileiros, crescer na carreira é mais importante do que salário, segundo pesquisa da Marca Empregadora.
“Ou seja, empresas que incentivam o desenvolvimento dos seus colaboradores podem resolver dois problemas de uma vez só: a deficiência de habilidades e a falta de engajamento”, defende.
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