Rachel Maia em evento na ONU, em Nova York (Leandro Fonseca/Exame)
Marina Filippe
Publicado em 21 de setembro de 2022 às 13h52.
Última atualização em 22 de setembro de 2022 às 12h04.
De Nova York*
As mulheres brasileiras marcam presença na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. E, mais do que ser um número para a alcançar a equidade de gênero, elas querem ser ouvidas e ter suas ideias colocadas em práticas. "Um dos dados que foram mostrados aqui foi de que vamos levar 120 anos para a equidade de gênero se não fizermos nada", diz Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora.
Em evento promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, as mulheres ocuparam os palcos com discussões para o crescimento das diversidades nas organizações, geração de renda, e mais. Para a EXAME, 15 delas deram depoimentos de como avançar.
"Essa é uma agenda urgente, e esse momento é emblemático. A pandemia da covid-19 e o agravamento da saúde mental e distribuição de renda, agora mais do que nunca precisamos levantar o tema pensando na situação do Brasil", diz Luciana Feres, CMO da Descomplica.
Para Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, pela primeira vez se deixa de falar apenas do empreendedorismo da população preta e parda por sobrevivência para o de oportunidade. "O Brasil tem 29% da população brasileira formada por mulheres negras, muitas avançaram, sendo donas de empresas e startups".
"É preciso aprender quais são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e considerar as metas para avançar na equidade de gênero", afirma Rachel Maia, fundadora e CEO da RMConsulting.
"É preciso ter a consciência de como se ganha dinheiro e consome. Eu participei da criação do mercado de influencer e até nesse mercado as mulheres ainda ganham menos, então é preciso consciência e intenção nas decisões do dia a dia", diz Camila Coutinho, fundadora e CEO da GE Beauty.
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