Os genéricos foram criados para aumentar o acesso da população aos medicamentos, uma vez que são mais baratos. (REB Images/Getty Images)
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Publicado em 25 de setembro de 2023 às 09h00.
É comum ir à farmácia com a receita médica em mãos, e o atendente perguntar se pode ser o medicamento genérico ou similar. Em geral, a resposta é “sim”, muito por causa da diferença entre os preços dos produtos. Mas qual é a diferença de fato entre os medicamentos genéricos, de referência e os similares? Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os similares são identificados pela marca ou nome comercial, assim como os originais. Ao contrário dos genéricos, nem todo medicamento similar pode ser trocado pelo de referência.
O medicamento similar contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado por igual via e tem a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência. No entanto, só pode substituir o de referência após passar por testes laboratoriais que comprovem a equivalência. Os que já cumpriram esse processo são chamados de “similares intercambiáveis”.
Os medicamentos similares também precisam apresentar estudos que comprovem a segurança, eficácia e qualidade do produto, que é avaliado pela Anvisa. Todos os remédios intercambiáveis têm na bula a frase “medicamento similar equivalente ao medicamento de referência” e estão elencados em forma de lista no site da agência reguladora.
Os medicamentos de referência, os chamados originais, são os primeiros a serem lançados no mercado e carregam um determinado ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Na embalagem, consta o princípio ativo e o nome fantasia criado pelo fabricante. Em geral, são mais caros. Os similares também têm nome fantasia. Já os genéricos são identificados apenas pelo nome do IFA.
Não confunda similar com genérico. Na prática, a troca entre medicamentos só pode acontecer quando:
A troca entre um similar e um genérico não é possível. Segundo a Anvisa, os testes de segurança e eficácia apresentados à agência no momento do registro foram realizados apenas em comparação ao medicamento de referência.
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Trocas possíveis
Para que o paciente tenha sucesso no tratamento, é preciso avaliar não somente o princípio ativo como também a posologia, a data de validade, condições de armazenamento, entre outros critérios. Quando a Anvisa analisa os medicamentos, ela leva em conta:
Os genéricos foram criados para aumentar o acesso da população aos medicamentos, uma vez que os preços são mais acessíveis. Na embalagem, são identificados pela letra “G”.
A empresa detentora da patente tem a exclusividade de fabricação do medicamento por cerca de 20 anos. Passado o período, outros laboratórios podem produzir o mesmo remédio.
Formas farmacêuticas e ingestão de medicamentos
Para que determinado remédio seja eficaz no tratamento da doença, é preciso administrá-lo da forma correta. Isso significa que não é possível fracionar o medicamento, triturá-lo ou removê-lo da cápsula, seja dura ou mole.
Existem diversas formas farmacêuticas orais, como comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, gotas e pó. Os comprimidos podem ser simples ou revestidos. Todos foram pensados para melhor absorção do princípio ativo no organismo. Alguns fazem o efeito esperado já na boca; outros, no estômago ou intestino.
Os medicamentos podem também ter tamanhos diferentes – e não é por acaso. O fato está diretamente relacionado à quantidade necessária do princípio ativo para que se consiga o efeito desejado. É sempre importante que o paciente siga as orientações da bula do medicamento ou busque orientação do médico.