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Relembre as trocas de ministros neste terceiro mandato de Lula

Pasta das Comunicações deve seguir sob controle do União Brasil

Lula concede espaço para aliados, mas interlocução com o Congresso segue como empecilho para o governo (Leandro Fonseca/Exame)

Lula concede espaço para aliados, mas interlocução com o Congresso segue como empecilho para o governo (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 14 de abril de 2025 às 14h39.

Última atualização em 14 de abril de 2025 às 14h44.

Na semana passada, Juscelino Filho pediu demissão do ministério das Comunicações após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por corrupção. Com a saída, a tendência é que o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas, assuma o posto nos próximos dias, selando mais uma troca de ministro neste terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira mudança no primeiro escalão de Lula foi na chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Pouco mais de três meses depois dos atos golpistas ocorridos em janeiro de 2023, com a invasão de prédios públicos em Brasília, o general da reserva Gonçalves Dias pediu para deixar o cargo após serem vazadas imagens que o mostravam no Palácio da Alvorada na noite do tumulto, dando a entender uma interação amistosa com os vândalos que haviam depredado a sede do Poder Executivo horas antes.

Depois disso, novas trocas vieram. Em julho de 2023, para atender a uma demanda da cúpula do União Brasil, que não se via totalmente representada com a distribuição de cargos na Esplanada, o presidente indicou o deputado federal Celso Sabino para o Ministério do Turismo, no lugar de Daniela Carneiro, figura política da Baixada Fluminense e esposa do então prefeito de Belford Roxo, Waguinho, aliado de Lula. 

Reforço do Centrão

Dois meses depois, em novo arranjo político, o Planalto promoveu a entrada de André Fufuca e Silvio Costa Filho, do Centrão, na equipe ministerial, como forma de tentar contemplar o maior número de aliados e melhorar a interlocução com o Congresso Nacional. A chegada de Costa Filho ao governo fez com que Márcio França, então ministro de Portos e Aeroportos, fosse deslocado para o recém-criado Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, enquanto Fufuca assumiu o Esporte, posto deixado pela ex-atleta do vôlei Ana Moser.

O primeiro ano de Lula terminou e, em fevereiro de 2024, Ricardo Lewandowski foi para a pasta da Justiça e Segurança Pública, após Flávio Dino deixar o cargo para assumir um lugar no Supremo Tribunal Federal. A próxima mudança viria sete meses depois, com a saída de Silvio Almeida dos Direitos Humanos, que pediu demissão após virem à tona denúncias de assédio sexual cometido por ele contra a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial. Para seu lugar foi chamada Macaé Evaristo, deputada estadual em primeiro mandato em Minas Gerais.  

Com dificuldades trazidas pela queda de popularidade e obstáculos que se tornaram permanentes na relação com o Legislativo, a metade final do mandato de Lula foi inaugurada, em 2025, com modificações estratégicas nos titulares de três ministérios: Secretaria de Comunicação Social, Relações Institucionais e Saúde. Sidônio Palmeira, responsável pela campanha presidencial que elegeu o petista em 2022, chegou com a missão de ampliar a divulgação de feitos positivos da gestão e enaltecer as ações dos ministérios; Gleisi Hoffmann, que estava na presidência do PT, assumiu o papel de articuladora no lugar de Alexandre Padilha, que deixou a secretaria de Relações Institucionais para preencher o lugar de Nísia Trindade, demitida da Saúde após longo período de desgaste.

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