Serão simulados outros voos com aeronaves; expectativa é que futuramente sejam viabilizados voos entre o continente e plataformas. (Divulgação)
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Publicado em 11 de julho de 2024 às 08h00.
Na última semana, o céu brasileiro recebeu um voo de longo alcance de uma aeronave civil remotamente pilotada. Foram percorridos 180 quilômetros entre uma base da Petrobras situada no litoral de Macaé e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, ambas no norte do estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, a Petrobras conta com drones para realizar trabalhos de inspeção, pintura de plataformas e outras demandas que reduzem a exposição de seres humanos a riscos. Além de testar a implantação do transporte de cargas de até 50 kg, a implementação do tipo de serviço testado pode representar uma redução de custos e impactar diretamente em menos emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.
A operação contou com o trabalho colaborativo entre agentes da Força Aérea Brasileira (FAB), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de representantes da iniciativa privada.
Concluídos os testes, em breve deve iniciar o período de análise dos dados gerados, que deve ser finalizado ainda no segundo semestre deste ano. A previsão é que sejam simulados outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo, para que no futuro sejam viabilizados voos entre o continente e plataformas, permitindo outras aplicações com a mesma tecnologia.
"Foi uma conquista resultado de trabalho em equipe que uniu Petrobras, iniciativa privada e autoridades governamentais para superar os desafios de aumentar a segurança das pessoas, reduzindo a exposição ao risco, já que as aeronaves são remotamente pilotadas. A iniciativa avança na descarbonização, pois gera menos emissões que os helicópteros, agilizando operações e ampliando o período de atendimento logístico das demandas, já que as missões poderão ser realizadas no período noturno", destacou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.
De acordo com definição da Aeronáutica, todas as aeronaves não tripuladas podem ser remotamente pilotadas, automáticas ou autônomas. Nessa classificação, as remotamente pilotadas são as mais conhecidas e sofrem ação direta do piloto em todas as fases do voo.
Já as automáticas são aquelas que podem funcionar como um piloto automático, ou seja, uma vez definidos parâmetros a serem cumpridos, seguem o que foi planejado, permitindo a qualquer momento uma interferência remota.