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O que a tarifa de 25% contra a UE proposta por Trump representa para o cenário global

O presidente diz que a medida busca reequilibrar a balança comercial e proteger a indústria norte-americana

O republicano acusou o bloco europeu de impor barreiras injustas contra produtos dos EUA, como automóveis e itens agrícolas (AFP)

O republicano acusou o bloco europeu de impor barreiras injustas contra produtos dos EUA, como automóveis e itens agrícolas (AFP)

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Publicado em 7 de março de 2025 às 16h51.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que seu governo deve impor tarifas de 25% sobre produtos importados da União Europeia. Ele alega que a medida busca reequilibrar a balança comercial e proteger a indústria norte-americana. O republicano acusou o bloco europeu de impor barreiras injustas contra produtos dos EUA, como automóveis e itens agrícolas, enquanto os estadunidenses permitem a entrada de bens europeus sem grandes restrições.

Durante um discurso na última semana, Trump destacou que a relação comercial dos EUA com a UE difere da que mantêm com Canadá e México – o presidente afirma que os europeus estariam “tirando vantagem” do mercado norte-americano, o que teria gerado um déficit de US$ 300 bilhões para o país. “A União Europeia foi criada para prejudicar os Estados Unidos e tem sido muito bem-sucedida nisso”, declarou.

Além das tarifas contra o bloco europeu, Trump já havia imposto taxas de 25% sobre produtos do Canadá e México, além de 10% sobre mercadorias chinesas. No caso dos vizinhos norte-americanos, a aplicação das tarifas foi suspensa temporariamente para permitir negociações. Tanto o governo canadense quanto o mexicano concordaram em discutir medidas para reforçar a segurança nas fronteiras e combater o tráfico de fentanil.

Alerta

O anúncio das tarifas gerou preocupação nos mercados globais, que temem uma escalada nas disputas comerciais. O dólar se valorizou diante de incertezas sobre os efeitos da taxação, e especialistas apontam que a medida pode elevar os preços nos Estados Unidos – dificultando o controle da inflação pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). A possibilidade de uma guerra comercial prolongada pode impactar cadeias de suprimentos e desacelerar a economia global.

Trump argumenta, ainda, que sua política econômica visa incentivar empresas a investirem em território estadunidense, citando o exemplo da fabricante de chips TSMC, que anunciou um investimento de US$ 100 bilhões no país para evitar o pagamento de tarifas. O presidente também ressaltou que os EUA receberam US$ 1,7 trilhão em investimentos recentemente, o que “comprova o sucesso de sua estratégia protecionista”.

O aumento das tarifas pode ter reflexos significativos para países como o Brasil. Com a restrição ao mercado norte-americano, há o risco de sobreoferta de produtos europeus e chineses em outros mercados, aumentando a concorrência para exportadores brasileiros. 

O governo Trump segue reforçando sua postura nacionalista na economia, priorizando medidas que fortaleçam a indústria doméstica. No entanto, a estratégia protecionista levanta debates sobre seus efeitos no crescimento global e na estabilidade dos mercados financeiros.

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