Esfera Brasil

Um conteúdo Esfera Brasil

Ministério da Saúde publica portaria para agilizar regulação de medicamentos

Atualmente, produção nacional de insumos, vacinas e materiais médico-hospitalares corresponde a 42% das necessidades da população brasileira

Previsão é que sejam investidos mais de R$ 58 bi no Ceis até 2026; também serão destinados R$ 8,9 bi ao setor pelo PAC (Ueslei Marcelino/Reuters)

Previsão é que sejam investidos mais de R$ 58 bi no Ceis até 2026; também serão destinados R$ 8,9 bi ao setor pelo PAC (Ueslei Marcelino/Reuters)

Esfera Brasil
Esfera Brasil

Plataforma de conteúdo

Publicado em 27 de agosto de 2024 às 12h18.

Última atualização em 27 de agosto de 2024 às 12h18.

Tudo sobreMinistério da Saúde
Saiba mais

Para dar maior celeridade no tempo de resposta a processos regulatórios, um ato normativo do Ministério da Saúde, publicado na última semana, instituiu diretrizes para o apoio a programas, instrumentos e ações de qualificação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Por meio da articulação de políticas públicas, a portaria pode garantir maior estímulo à produção do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), fortalecendo o trabalho conjunto em articulação com a agência reguladora. Atualmente, a produção nacional de medicamentos, vacinas e materiais médico-hospitalares corresponde a 42% das necessidades da população brasileira. Com o plano intitulado Nova Indústria Brasil, a meta é aumentar, até 2026, para 50%. Até 2033, o objetivo é elevar a participação nacional a 70%.

“Essa questão tem mobilizado não só a mim, mas o Alckmin [vice-presidente da República e ministro da Indústria] e todo o setor. É um passo importante para avançarmos no campo da regulação, dos tempos necessários e, principalmente, dos marcos da inovação”, declarou a ministra Nísia Trindade, no Fórum Saúde, promovido pela Esfera Brasil em parceria com a EMS, em Brasília.

A previsão é que sejam investidos mais de R$ 58 bilhões no Ceis até 2026. Também serão destinados R$ 8,9 bilhões ao setor pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com foco na produção nacional de vacinas, na Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, a Hemobrás, e no Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS/Santa Cruz-Fiocruz).

Inauguração de fábrica

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhou a inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS, em Hortolândia (SP). Com alta tecnologia empregada em seus processos, a fábrica desenvolve substâncias destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes. Durante seu discurso, Lula cobrou celeridade da Anvisa nos processos regulatórios.

“Vim aqui inaugurar [a fábrica] e saí daqui com uma demanda. Nosso amigo [Carlos] Sanchez [presidente do Grupo NC, que engloba a EMS] fez uma demanda, uma provocação à ministra da Saúde, ao vice-presidente da República e ao presidente da República, que é preciso a Anvisa andar um pouco mais rápido para aprovar os pedidos que estão lá. Não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse Lula.

“Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver. Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque o remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor aos interesses do nosso país”, acrescentou o presidente, ao encerrar a cerimônia de inauguração da nova planta da fábrica da EMS.

A EMS é o maior laboratório farmacêutico no Brasil. A empresa pertence ao Grupo NC e conta atualmente com 6,7 mil funcionários, com sua atividade focada em medicamentos genéricos e de marca. A empresa tem unidades produtivas em Jaguariúna (SP), em Brasília (DF) e em Hortolândia (SP). Também conta com um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento e uma unidade robotizada dedicada a embalagens de medicamentos sólidos.

Acompanhe tudo sobre:Ministério da Saúde

Mais de Esfera Brasil

Quem são os herdeiros da esquerda e da direita?

Plano de combate à corrupção propõe ações integradas entre ministérios

PL das eólicas offshores institui marco legal para setor

Argentina sai da recessão, mas aumento da pobreza segue como desafio para Milei