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Matriz elétrica brasileira tem expansão de 6,5 GW no primeiro semestre

Já o consumo nacional de energia elétrica foi de 44.803 GWh em julho de 2024

Energia eólica (Andres Stapff/Reuters)

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Publicado em 30 de agosto de 2024 às 15h49.

Com 183 novas usinas em operação, a expansão da matriz elétrica nacional alcançou a marca de 6,5 Gigawatts (GW) no primeiro semestre de 2024. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), somente em julho foram ofertados 875,42 Megawatts (MW) a mais.

Os dados apontam que a maior ampliação da oferta ocorreu na Bahia, onde 20 novas centrais passaram a operar somente em julho. Em todo o estado, foram ofertados 594,60 MW durante o mês. Já Minas Gerais, com três novas usinas, colaborou com um aumento de 161,61 MW e ocupou o segundo lugar.

De acordo com a Aneel, o avanço na oferta de energia registrada em julho se deve, em parte, ao início de 27 novas usinas em 15 estados brasileiros. Foram 10 centrais solares fotovoltaicas, com capacidade de 494,82 MW e 17 plantas eólicas, com 380,60 MW.

Parte desse maior alcance da matriz elétrica brasileira se deve também aos bons ventos da energia eólica. No primeiro dia de agosto, a região Nordeste obteve o recorde de 19.083 MW de potência, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Antes, a maior marca registrada na região tinha sido verificada em 27 de julho, com 19.028 MW.

“Os números apresentados refletem os resultados obtidos pelo setor elétrico do país e reforçam o nosso planejamento para esta área com o objetivo de garantir a segurança elétrica nacional”, afirmou o ministro Alexandre Silveira, sobre a expansão da matriz elétrica nacional.

Conforme informações da Associação Brasileira de Energia Eólica, que representa empresas de toda a cadeia produtiva do setor, o País conta atualmente com aproximadamente 1,1 mil parques eólicos, com 32 GW de capacidade instalada.

Consumo de energia

O relatório Resenha Mensal, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, informou que o consumo nacional de energia elétrica foi de 44.803 GWh em julho de 2024, puxado principalmente pelo setor industrial e também pelas temperaturas mais baixas, que expandiram a demanda principalmente nas residências.

O dado indica alta de 6,6%, na comparação com julho de 2023. Entre os destaques do documento divulgado pela EPE, as fortes chuvas e as inundações históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio continuam afetando as estatísticas de consumo de eletricidade nas cidades gaúchas.

Com 19.740 GWh, o mercado livre de contratação, atualmente restrito somente a empresas, respondeu por 44,1% do consumo nacional de energia elétrica em julho, com expansão de 12,6% no consumo e de 34,2% no número de consumidores, na comparação com o mesmo período do ano passado.

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