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Líderes locais querem US$ 800 bilhões para conter aquecimento global até 2030

Prefeitos do U20 pediram investimentos públicos para ajudar na descarbonização

Segundo Eduardo Paes, prefeito do Rio, cidades têm papel importante para proteger comunidades vulneráveis e criar empregos (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Segundo Eduardo Paes, prefeito do Rio, cidades têm papel importante para proteger comunidades vulneráveis e criar empregos (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Publicado em 22 de novembro de 2024 às 13h37.

Investimentos públicos da ordem de US$ 800 bilhões para implementar e expandir projetos climáticos em nível municipal ao redor do mundo, promovendo ambientes urbanos mais saudáveis, sustentáveis e dinâmicos. O pedido foi feito por prefeitos e líderes locais durante o U20, encontro que reuniu prefeitos paralelamente à Cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro.

Segundo eles, esse volume de recursos é essencial para colocar em prática medidas para acelerar a descarbonização e a inovação. Além de reduções significativas de poluentes, investir em soluções urbanas, como transporte de baixa emissão, energia limpa e infraestrutura resistente ao clima pode gerar milhões de empregos e impulsionar o crescimento econômico.  

O apelo para financiar a ação climática urbana vai além da infraestrutura e do crescimento econômico. Com a previsão de mais um bilhão de habitantes urbanos na próxima década, os prefeitos ponderam que as cidades serão fundamentais para a obtenção de ar limpo, moradia segura e empregos sustentáveis.
 
“Apoiar as comunidades vulneráveis é uma prioridade fundamental para uma transição justa. Por isso, os prefeitos também estão pedindo aos bancos multilaterais e aos governos nacionais que destinem 40% de seus financiamentos concessionais a juros baixos para iniciativas lideradas por cidades, que priorizem comunidades de baixa renda, bairros vulneráveis, trabalhadores e outras pessoas em situações de risco”, diz trecho do comunicado divulgado pelo U20.

Exemplos globais

Cidades ao redor do mundo já estão liderando o caminho para ações climáticas mais ambiciosas. Nos Estados Unidos, Nova York está reduzindo as emissões de grandes edifícios, criando milhares de empregos verdes e gerando 35 megawatts de nova capacidade solar anualmente.

Em outro caso de sucesso, Quezon City, nas Filipinas, alcança progressos significativos na redução das emissões, com redução de 25% nas emissões de gases de efeito estufa, enquanto cria novos empregos verdes e atrai investimentos privados. Na mesma direção, a cidade colombiana de Medellín tem implementado projetos para reformar edifícios, expandir energias renováveis e melhorar o transporte público, com o objetivo de reduzir as emissões e criar ambientes urbanos mais saudáveis.

“As cidades podem estar na linha de frente da emergência climática, mas também lideram o caminho para melhorar diretamente a vida das pessoas. Investir em nossas cidades não é apenas um investimento em resiliência climática, é um compromisso com um futuro urbano mais saudável e inclusivo. Ao garantir US$ 800 bilhões anualmente, as cidades de todo o mundo poderão ser capacitadas para conduzir a transição justa que protegerá as comunidades vulneráveis e criará empregos que apoiarão uma economia mais verde para todos”, acredita Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.

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