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Extinta desde 2019, medida pode voltar a ser adotada no governo do presidente eleito Lula
Um dos assuntos que voltou a ter destaque após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o possível retorno do horário de verão. Lula chegou inclusive a fazer uma enquete informal em seu perfil no Twitter para saber se as pessoas eram favoráveis à volta do horário, que contou com 2,3 milhões de votos –66% deles favoráveis a que os relógios sejam adiantados em uma hora durante o fim da primavera e o verão. O objetivo é poupar energia ao utilizar a iluminação natural por mais tempo em dias mais longos.
O horário de verão, que estava em vigor desde 1985 sem interrupção, foi suspenso em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo entendeu que a medida havia perdido razão diante das mudanças no padrão de consumo de energia e avanço tecnológico.
Especialistas se dividem entre os pontos positivos e negativos do horário de verão. A principal vantagem continua sendo a economia de energia, mesmo que tenha tido uma redução nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, a economia gerada caiu de R$ 405 milhões em 2013 para R$ 147,5 milhões, em 2016.
Para os defensores do horário de verão, outro ponto importante é que dias mais longos estimulam as pessoas a passarem mais tempo na rua, o que é bom para o trânsito e para a segurança pública em geral. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) diz que o faturamento chega a dobrar entre 18h e 20h no horário de verão, com efeitos positivos econômicos também para o turismo, como parques.
Outro benefício defendido é a possibilidade de fazer exercícios físicos até um pouco mais tarde e o melhor uso do espaço público.
Os contrários à medida, no entanto, destacam que a troca no horário é prejudicial para o setor agropecuário, uma vez que os animais são muito afetados pela mudança.