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Estudo aponta vantagens de veículos híbridos na comparação com carros elétricos

Pesquisa do MBCB considera aliados programas como o Mover, lançado com intuito de impulsionar a competitividade do setor

Além de benefícios econômicos pesquisa também projeta impactos positivos para o meio ambiente (Leandro Fonseca/Exame)

Além de benefícios econômicos pesquisa também projeta impactos positivos para o meio ambiente (Leandro Fonseca/Exame)

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Publicado em 26 de março de 2024 às 06h00.

Estudo recente encomendado pelo Acordo de Cooperação Mobilidade de Baixo Carbono apresenta as vantagens da adoção de veículos híbridos abastecidos com etanol em comparação com carros 100% elétricos. De acordo com o documento, apresentado na última semana em Brasília, além de benefícios econômicos também há impactos positivos para o meio ambiente.

Realizada pela LCA Consultores e MTempo Capital, a pesquisa projeta ganhos de R$ 2,7 trilhões e grande potencial para a geração de empregos nos próximos trinta anos, desde que essa cadeia produtiva seja priorizada na elaboração de políticas públicas. O estudo considera aliados programas como o Mover, lançado com intuito de impulsionar a competitividade dos veículos fabricados no país e diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

Os autores do material alegam que, dada a estrutura da frota brasileira, que possui participação muito relevante de veículos tipo flex, uma hipotética elevação do fator de uso do etanol resultaria na redução de emissões de forma imediata, o que poderia ocorrer simultaneamente ao processo de eletrificação da frota. Dessa forma, o fato de já existir uma estrutura pronta e disseminada de utilização de biocombustível, contribuiria diretamente para a redução das emissões.

Segundo o estudo, perdas econômicas referentes a veículos elétricos a bateria, decorrem do menor conteúdo local atual dos veículos elétricos a bateria, quando comparados aos veículos a combustão. Isto se deve, especificamente, à ausência de uma cadeia produtiva para fabricação das baterias, entre outros fatores.

“Matérias que tratam de eficiência veicular – em particular, o Mover – consideram de forma genérica os veículos híbridos como uma categoria única, sem os diferenciar por níveis de eficiência. Qualquer que seja a capacidade do sistema elétrico envolvido e a eficiência efetiva do sistema, todos os modelos da categoria “híbridos” recebem o mesmo tratamento. Dada a aprovação recente da Reforma Tributária, será necessário assegurar que os benefícios de redução do IPI sejam mantidos no novo regime, mas preferencialmente na forma de alíquotas diferenciadas conforme o ganho de eficiência efetiva trazida pelas novas motorizações”, diz trecho da pesquisa.

Na direção de apoiar o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a redução de emissões de carbono de veículos leves e pesados – carros de passeio, comerciais leves, ônibus, caminhões e máquinas agrícolas – e contribuam para o desenvolvimento do país, o MBCB reúne montadoras, empresas do setor sucroenergético e de biogás, indústrias de autopeças, pós-venda, associações de tecnologia e engenharia, e sindicatos de trabalhadores. Na última semana, seminário em Brasília, realizado em parceria com a Esfera Brasil, reuniu representantes do setor e nomes da classe política.

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