Rio de Janeiro recebe Cúpula do G20 em novembro, com presença de líderes internacionais (Getty Images/Getty Images)
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Publicado em 21 de agosto de 2024 às 11h38.
Última atualização em 21 de agosto de 2024 às 11h45.
A preparação para a Cúpula de Líderes do G20 tem transformado a cidade do Rio de Janeiro nos últimos meses. Para além dos grandes debates sobre geopolítica previstos para novembro, com abordagens sob a perspectiva dos 19 países-membros, mais a União Africana e a União Europeia, outras ações de impacto social já movimentam a agenda internacional, com reflexões sobre o combate às desigualdades, sustentabilidade e questões de gênero e raça.
Uma dessas iniciativas é o G20 Favelas, que tem o objetivo de apresentar questões enfrentadas pelas comunidades periféricas e promover soluções colaborativas e inclusivas para desafios globais, inserindo as favelas no mapa do colegiado internacional. As conferências promovidas pelo grupo estão programadas para ocorrer em todos os 26 estados brasileiros e também no Distrito Federal, bem como em 41 países em diferentes continentes.
O grupo também tem participado de ações paralelas ao G20 já realizadas no Rio de Janeiro, como o evento States of the Future, onde foram debatidos temas sobre diversidade e inclusão, saúde e outros aspectos cruciais para as comunidades marginalizadas. Promovida pela Central Única das Favelas (Cufa), pela Frente Nacional Antirracista e também pela Frente Parlamentar em Defesa das Favelas, a inciativa conta com apoio da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
“O G20 Favelas representa uma abordagem inovadora e necessária para integrar as realidades das favelas nas discussões globais. A inclusão das vozes das favelas nas conferências globais é essencial para criar políticas e soluções que realmente atendam às necessidades dessas comunidades. A iniciativa demonstra que, para enfrentar problemas globais, é crucial considerar as soluções propostas por aqueles que vivem as realidades mais desafiadoras”, diz trecho de comunicado na página do G20.
À frente da presidência temporária do G20 pela primeira vez na história, o governo brasileiro tem concentrado sua atenção no combate à fome, à pobreza e às desigualdades; na reforma da governança global, com a defesa de mudanças estruturais em organismos internacionais; além do debate sobre mudanças climáticas e transição energética, com a expansão das fontes renováveis de energia.
Nesta terça-feira, 20, foi realizado o Encontro Preparatório para o G20 Social no Rio de Janeiro, com o lançamento de uma plataforma digital que permite a participação de qualquer pessoa em todo o planeta, tendo em vista a cúpula do colegiado prevista para novembro. O objetivo é ampliar as discussões sobre os temas relacionados ao fórum das maiores economias do mundo. A plataforma registrou mais de mil acessos em seus primeiros minutos de funcionamento.
“Queremos que cada cidadão, seja do Brasil, seja de qualquer outra nação, tenha a oportunidade de contribuir para a construção das políticas públicas que influenciarão diretamente sua vida”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. “As discussões iniciadas hoje resultarão em um documento que será submetido à plataforma G20 Social Participativo, onde continuará aberto à contribuição pública até ser apresentado na Cúpula dos chefes de Estado, em novembro”, acrescentou.