Expansão prevista para este segundo semestre de 2024 fará com que a capacidade do Supercomputador se expanda (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Publicado em 8 de agosto de 2024 às 13h57.
Uma máquina de alto desempenho disponível para instituições brasileiras, públicas ou privadas, para suporte a atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento: esse é o Supercomputador Santos Dumont, que desempenha papel fundamental para o ambiente de inovação do Brasil nos próximos anos.
Desenvolvido na França e adquirido pelo governo brasileiro por R$ 50 milhões, em 2015, o supercomputador é indispensável ao desenvolvimento tecnológico e científico no Brasil. A estrutura se encontra na base do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), e todo pesquisador vinculado a uma instituição brasileira, com um problema relevante e que demande um sistema computacional de larga escala, pode submeter propostas para utilizar o equipamento.
“É possível acelerar os resultados das pesquisas, viabilizar análise de dados e a simulação de problemas, além de criar modelos matemáticos e propor soluções para problemas científicos e tecnológicos. No Brasil, o Santos Dumont tem sido essencial para pesquisas científicas”, explicou Wagner Vieira Léo, coordenador de Tecnologia da Informação e Comunicação do LNCC, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Podemos pensar que é como se tivéssemos com milhares de notebooks em processamento de grandes volumes de dados complexos, ininterruptamente. Um supercomputador é como um cérebro gigante, capaz de realizar cálculos complexos em uma velocidade impressionante. Essa máquina ultrapassa em muito a capacidade de um computador comum, realizando bilhões ou até trilhões de operações por segundo”, complementou Léo.
A potência de supercomputadores é medida em FLOPS (do inglês Floating-point Operations Per Second). O Supercomputador Santos Dumont tem capacidade de processamento de 5,1 Petaflops, e a expansão prevista para este segundo semestre de 2024 fará com que a capacidade se expanda em 17 Petaflops.
Em 2019, a estrutura já tinha avançado o seu poder de processamento de 1,1 Petaflops para 5,1 Petaflops. Essa expansão permitiu atender a um número maior de projetos de pesquisa. Nos próximos anos, investimentos devem aumentar a capacidade de armazenamento e processamento de dados. Na apresentação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, está previsto o valor de R$ 1,8 bilhão em cinco anos, e a expectativa é que o supercomputador seja alçado à 5ª posição entre os mais potentes do mundo.