Segundo Esther Dweck, objetivo é democratizar acesso à carreira pública. (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Publicado em 25 de março de 2024 às 11h11.
Os novos servidores aprovados no Concurso Nacional Unificado devem ser chamados a partir do final de julho para se apresentarem às respectivas funções. A informação é da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, responsável por estruturar o novo sistema de seleção.
“Alguns terão uma etapa que a carreira exige curso de formação para efetivamente serem contratados ao final do curso, outros já tomam posse logo de início e vão fazer também curso de formação, mas como parte de um processo de entrada no serviço público federal”, explicou.
Segundo dados do governo, mais de dois milhões de pessoas se inscreveram para prestar o exame, previsto para ocorrer em maio. Apelidada de Enem dos Concursos, a prova vai selecionar 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais. De acordo com a ministra, mesmo que o candidato não passe na carreira escolhida como primeira opção, ele ficará em uma lista de espera formada por outros cargos que estejam na mesma área de preferência.
A prova ocorrerá simultaneamente em 220 cidades. Segundo Dweck, o novo sistema democratiza o acesso às carreiras públicas, já que era comum que muitos editais não contemplassem as cidades do Norte e Nordeste entre os locais de exame. Outro objetivo é fazer com que pessoas verdadeiramente vocacionadas para o serviço público sejam selecionadas, e que isso represente em uma melhora dos serviços prestados à população.
“A gente teve orçamento para permitir fazer novos concursos e fez uma análise das áreas prioritárias, e foi liberando aos poucos as vagas. A gente viu que os ministérios não estavam com condições de fazer um concurso porque estavam há anos sem fazer concursos e tinham perdido a expertise em fazer. Então, juntando todo esse diagnóstico veio a ideia do Concurso Público Unificado”, explicou.
“O Enem é nossa grande inspiração em termos de logística, de segurança, de pensar essa democratização do acesso ao serviço público federal. Então, de fato, para a gente é muito parecido. E tem essa lógica, inclusive, do ordenamento das pessoas. As pessoas podem ir para um lugar e depois serem chamadas para outro”, concluiu.