Ana Toni tem ampla experiência no setor privado, com passagens por grandes instituições como Fundação Ford e Greenpeace (Foto: Bruno Aguiar)
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Publicado em 29 de março de 2025 às 06h00.
Última atualização em 31 de março de 2025 às 13h12.
Com vasta trajetória no setor privado, Ana Toni aceitou o convite para ser secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente logo no início desta nova gestão de Marina Silva na Pasta, em janeiro de 2023. Agora, vive o desafio de ser a diretora-executiva da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a ser realizada em Belém (PA), em novembro.
“A gente tem muito a melhorar, somos alvo crítico, mas eu acho que a gente vai chegar na COP30 mostrando o Brasil como um provedor de soluções climáticas que somos. E a gente também tem que ter muito orgulho de que somos esse provedor de solução climática e sempre querendo melhorar”, afirmou em entrevista à Esfera Brasil.
Doutora em Ciência Política, Ana Toni será premiada na categoria Sustentabilidade da 4ª edição do Mulheres Exponenciais, promovido pela Esfera Brasil como forma de reconhecer a trajetórias de sucesso na iniciativa privada e também no setor público. Com ampla experiência em desenvolvimento sustentável, ela tem passagens por organizações como Fundação Ford e Greenpeace.
Pela primeira vez na história a Conferência do Clima será realizada em uma cidade localizada na Região Amazônica, e isso tem causado grande expectativa da comunidade internacional. Por outro lado, especialistas em política ambiental e líderes internacionais avaliam qual será o peso da postura negacionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e seus ministros.
Na visão de Ana Toni, o Brasil pode assumir uma posição de vanguarda caso consiga imprimir um novo ritmo de negociações que leve as nações a se engajarem em medidas concretas contra o aquecimento global. Na COP29, realizada ano passado no Azerbaijão, o acordo de US$ 300 bilhões para o financiamento climático até 2035 foi considerado amplamente insuficiente por nações em desenvolvimento.
“Primeiro, o Brasil não pode se autodenominar líder. E liderança é uma coisa percebida pelos outros. Se o Brasil é percebido ou não como líder, eu acho que tem a ver muito com a nossa trajetória”, apontou.