Euros e chave de boca sobre bandeira da Grécia (unkas_photo/ThinkStock)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2015 às 15h49.
Londres - Os 19 países da zona do euro precisam fazer tudo que podem para evitar que a Grécia deixe de pagar suas dívidas e abandone a união monetária, afirmou o ministro das Finanças de Luxemburgo, Pierre Gramegna.
Em entrevista, ele disse que os demais países querem que a Grécia siga no grupo, mas precisam que Atenas realize reformas econômicas, se deseja a liberação de bilhões de euros em ajuda.
Gramegna pediu ao premiê grego, Alexis Tsipras, que apresente logo propostas para melhorar as finanças gregas e reformar a economia do país, demonstrando a frustração atual de autoridades da zona do euro.
"Enquanto não temos nada sobre a mesa é impossível saber para que direção estamos indo", afirmou o ministro ao Wall Street Journal durante uma viagem a Londres. "É muito importante que eles usem esta oportunidade para apresentar um plano detalhado."
A Grécia e seus credores estão em um impasse desde que Tsipras chegou ao poder, em janeiro. O premiê grego quer relaxar os termos do pacote de ajuda de 240 bilhões de euros (US$ 259 bilhões) concedido ao país. A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) resistem às mudanças.
O risco de uma saída da Grécia da zona do euro parece estar aumentando, conforme se arrasta o impasse, enquanto Atenas tem duas grandes dívidas que vencem nas próximas semanas.
Gramegna disse que a zona do euro está em melhor condição hoje que no passado para impedir que uma eventual saída da Grécia atrapalhe o restante da economia do grupo, diante dos esforços para fortalecer os bancos e o estabelecimento de fundos comuns de ajuda. "A Europa está mais bem preparada hoje para enfrentar qualquer situação que aparecer", disse ele.
O ministro acrescentou, porém, que a saída grega representaria a entrada em um "território desconhecido" para a união monetária. "Juntos, os 19 países devem fazer tudo para evitar um default", afirmou. Luxemburgo assume a presidência rotativa da União Europeia em julho. Fonte: Dow Jones Newswires.