Os mercados têm pressionado por uma ampliação da capacidade de empréstimo para garantir que o resgate dos grandes membros da zona do euro, como a Itália ou a Espanha (Daniel Roland/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2012 às 10h03.
Bruxelas - A zona do euro pode aumentar o poder de empréstimo combinado de seus fundos de resgate para perto de 700 bilhões de euros, ante 500 bilhões, diante de um compromisso da oposição alemã em colocar mais dinheiro e acalmar os mercados, disseram autoridades da zona do euro.
Ministros das Finanças da zona do euro e bancos centrais vão discutir o tamanho de seus fundos de resgate -o temporário Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) e o permanente Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês)- em Copenhague nos dias 30 e 31 de março.
Os 440 bilhões de euros do EFSF e os 500 bilhões de euros do ESM agora têm um teto de empréstimo combinado de 500 bilhões de euros, o que significa que nos 12 meses a partir de julho de 2012, quando eles passam a coexistir, não poderão emprestar juntos mais de 500 bilhões de euros.
Os mercados têm pressionado por uma ampliação da capacidade de empréstimo da zona do euro para garantir que o bloco com 17 nações tenha dinheiro suficiente para salvar mesmo os seus grandes membros, como a Itália ou a Espanha, o que deveria ser necessário, mas a Alemanha foi firmemente contrária a tal elevação.
"Dado que a situação é difícil em vários países, me parece que a opção mais fácil é a menos ambiciosa", disse um alto oficial do zona do euro.
Fora de seus 440 bilhões de euros de poder de crédito, o EFSF já comprometeu 192 bilhões de euros em resgates para Grécia, Irlanda e Portugal.
"Uma possibilidade seria dizer que o EFSF assumiu compromissos de 192 bilhões de euros, mas o ESM deve começar com 500 (bilhões de euros)", disse uma autoridade sênior da zona do euro.
"A capacidade de empréstimo combinada iria de 500 bilhões de euros para 692 bilhões de euros, cerca de 700 bilhões de euros. Essa é uma das opções em discussão e é provavelmente a menos ambiciosa e, portanto, politicamente a mais fácil ", disse a autoridade.
Uma segunda autoridade da zona do euro confirmou que essa é uma solução provável, embora ambos tenham notado que várias opções estão sendo examinadas e que a decisão final ainda é incerta.