Economia

Zona do euro descarta acordo definitivo para Grécia

'O acordo ainda não está pronto para uma decisão', explicou o ministro alemão das Finanças

A Grécia espera receber um pacote de ajuda de 130 bilhões de euros (AFP)

A Grécia espera receber um pacote de ajuda de 130 bilhões de euros (AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 15h26.

Bruxelas - O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, e o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, descartaram que a zona do euro tome já nesta quinta-feira uma decisão definitiva sobre o segundo pacote de resgate à Grécia.

'O acordo ainda não está pronto para uma decisão', assinalou Schäuble ao chegar à reunião do Eurogrupo (conjunto dos ministros de Finanças da zona do euro), que debate nesta quinta-feira o segundo resgate à Grécia, avaliado em 130 bilhões de euros.

'O estado das negociações que acertamos (...) não cumpre ainda as condições que descrevemos claramente no Conselho Europeu', disse o ministro alemão.

Além das ações prévias, como o acordo obtido nesta quinta-feira pelos partidos que integram o governo grego, é necessário ainda que o Parlamento aprove os novos cortes de gastos e um programa que permita reduzir a dívida do país de 160% do Produto Interno Bruto (PIB) para 120% até 2020. Segundo Schäuble, essas condições ainda não foram pactuadas.

O Parlamento grego poderia decidir no próximo domingo ou na segunda-feira sobre o acordo alcançado nesta quinta-feira pelo governo de coalizão, indicaram fontes oficiais em Atenas.

O teto máximo fixado para as contribuições dos parceiros internacionais para o resgate continua sendo de 130 bilhões de euros. Além da contribuição pública, o setor privado está negociando o perdão de metade da dívida grega, que equivale a 100 bilhões de euros.

Juncker ressaltou que ainda não foram acertados todos os elementos para tomar uma decisão definitiva no Eurogrupo para desbloquear o segundo resgate à Grécia, mas que, se a aprovação não ocorrer nesta quinta-feira, será na próxima semana, por isso, segundo ele, esperar alguns dias mais 'não é uma catástrofe'. 

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