O governo argentino anunciou na segunda-freira a expropriação de 51% da YPF, filial da espanhola Repsol, alegando a falta dos investimentos necessários (Daniel Garcia/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2012 às 06h43.
O ministro da Economia e Turismo do Chile, Pablo Longueira, expressou nesta quinta-feira preocupação com a decisão argentina de estatizar a YPF porque, segundo ele, não avaliza a confiança e a certeza jurídica de que precisa a região para captar investimentos.
"É preocupante que voltemos a ter condutas protecionistas no continente", disse Longueira em entrevista à imprensa, por ocasião da reunião de ministros de Comércio e Economia do G20 realizada no balneário de Puerto Vallarta, no litoral do Pacífico mexicano.
O ministro chileno disse que seu país captou em 2012 um recorde histórico de 17 bilhões de dólares de investimentos estrangeiros diretos, graças a um forte impulso ao livre comércio e às tarifas de 1% em média no país.
"Temos que fazer parte de uma região confiável, de uma região que avança em facilitar o comércio", destacou.
O governo argentino anunciou na segunda-freira a expropriação de 51% da YPF, filial da espanhola Repsol, alegando a falta dos investimentos necessários.
Já o vice-ministro de Comércio da Colômbia, Gabriel Duque, considerou que a medida tomada pela Argentina não terá efeito negativo em todos os países da região.
Antes disso, o secretário de Comércio da Espanha, Jaime García-Legaz, assegurou que a mensagem do G20 em Puerto Vallarta "será muito clara na rejeição completa" da medida tomada pela Argentina.
Mas o ministro do Comércio da Austrália, Craig Emerson, disse em entrevista à imprensa que o G20 não terá uma declaração conjunta em Puerto Vallarta sobre este caso, mas que nesta sexta-feira, na conclusão do encontro, o governo do México fará um pronunciamento.