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Votação do pacote de corte de gastos deve se estender até 2025, dizem líderes partidários

Executivo pretende economizar até R$ 70 bilhões em dois anos

Agência o Globo
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Publicado em 28 de novembro de 2024 às 07h55.

A votação no Congresso Nacional do pacote de corte de gastos anunciado nesta quarta-feira pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve se estender até o ano que vem, de acordo com líderes partidários.

As medidas serão fatiadas em diversos projetos. O Executivo pretende economizar R$ 70 bilhões em dois anos com as iniciativas, que foram apresentadas a congressistas em uma reunião no Palácio do Planalto nesta tarde.

"A previsão é votar nesse ano uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e um PLP (Projeto de Lei Complementar). A reforma da renda fica para o ano que vem", afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães.

O líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), complementou afirmando que há a intenção de líderes de outras siglas de votar parte do pacote nas semanas que restam até o recesso parlamentar. A ideia é que as votações ocorram antes de o Orçamento de 2025 ser analisado.

De acordo com relatos de líderes, Lira disse que a Câmara vai fazer sessões de esforço concentrado para aumentar o número de sessões da Casa e acelerar a votação do pacote.

No Senado, a avaliação é que ao menos parte do pacote pode ser analisada neste ano, depois da conclusão da regulamentação da Reforma Tributária, vista como prioridade na Casa.

"Por força da atenção especial para concluirmos a Tributária, creio que não tenhamos tempo hábil (para a aprovação do pacote). Mas como elas vem “fatiadas”, é possível que alguma possa ser votada", disse o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Para o líder do União Brasil, Efraim Filho (PB), a aprovação do pacote neste ano exigiria forte consenso.

"Um tema como esse, para caminhar nas duas Casas nesse tempo exíguo, teria de ser praticamente consenso. E em virtude da polarização, e do próprio teor do projeto, se está longe de alcançar isso de forma imediata".

 

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