Horário de verão: para Abrasel, mudança nos relógios gera impacto positivo no setor de alimentação fora do lar (Leandro Fonseca/Exame)
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Publicado em 20 de setembro de 2024 às 11h48.
Última atualização em 20 de setembro de 2024 às 14h23.
A Associação Brasileira de Bares e restaurantes (Abrasel) firmou apoio ao retorno do horário de verão, após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendar a medida na tarde da quinta-feira, 19, para aliviar o estresse no sistema energético do país. Segundo a associação, o faturamento do setor pode aumentar até 15% se a medida que esteve em vigor no país por muitos anos retornasse.
Para a Abrasel, a mudança nos relógios gera um impacto positivo no setor de alimentação fora do lar. “O retorno do horário de verão é uma necessidade que vai além da economia de energia. Trata-se de uma oportunidade para estimular a economia e a movimentação no setor de bares e restaurantes, contribuindo para retomada do setor em um momento crucial pós-pandemia”, afirma o presidente da instituição, Paulo Solmucci.
Uma pesquisa realizada entre 11 e 12 de setembro pelo Reclame AQUI, em parceria com a Abrasel, constatou que a maioria dos consumidores prefere o retorno do horário de verão, apontando que a medida traz impactos positivos na qualidade de vida e na experiência de consumo, especialmente em setores como o de alimentação fora do lar.
A pesquisa mostrou também que os brasileiros veem mais vantagens que desvantagens na mudança dos relógios em relação a temas como economia, saúde e segurança. A amostragem do levantamento foi composta por de 3 mil usuários da plataforma Reclame AQUI.
Os estudos da ONS indicam que a medida poderá trazer uma redução de até 2,9% na demanda máxima noturna, tanto em dias úteis como aos finais de semana, em quase todas as condições de temperatura.
Estima-se uma economia de até 2,5 GW de despacho térmico no horário de ponta, o que reduziria custos e contribuiria para a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), ampliando a capacidade de atendimento das 18h às 21h.
A medida pode trazer uma economia no custo de operação em torno de R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro.
A avaliação é que, com o pôr do sol, cerca de 20% da energia gerada sai do sistema, exigindo maior necessidade de ajustes no setor, com a entrada de outras fontes.