Economia

Vinil cresce mais do que streaming nos EUA

Vinil é campeão em crescimento, mas streaming é a maior esperança e já responde por um terço da receita total da indústria musical norte-americana


	Mesmo com o avanço tecnológico, os discos de vinil voltaram a ser os queridinhos entre muita gente
 (Nick Alvarado / Stock Xchng)

Mesmo com o avanço tecnológico, os discos de vinil voltaram a ser os queridinhos entre muita gente (Nick Alvarado / Stock Xchng)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 12h26.

São Paulo - As vendas de discos de vinil geram mais dinheiro para a indústria musical dos Estados Unidos do que os serviços de streaming grátis sustentados por publicidade.

Na primeira metade de 2015, a receita com discos de vinil cresceu 52% e atingiu US$ 222 milhões, segundo o último relatório da RIAA, poderosa associação da indústria fonográfica americana.

Nenhum outro item cresce neste ritmo e o vinil já responde por cerca de um terço das vendas físicas, já que as de CD caíram 31% na comparação anual.

Outro item em decadência é o download pago, com queda de 4% para US$ 1,3 bilhão no semestre.

Enquanto isso, a receita com serviços de streaming (transmissão de conteúdo sob demanda) grátis com base em publicidade subiu 27% e chegou a US$ 163 milhões nos 6 primeiros meses do ano.

O que importa mais, no entanto, é o crescimento no streaming pago - 8,1 milhões de assinantes que pagaram US$ 478 milhões, alta anual de 25%.

O período não contempla o lançamento do Apple Music, mas ninguém sabe até onde o mercado pode continuar crescendo. Muitos artistas reclamam que o modelo é insustentável para seu sustento porque exige centenas de milhões de execuções de músicas para gerar qualquer receita expressiva.

O problema é especialmente grave, mas não exclusivo, no modelo baseado em publicidade - que de acordo com as empresas, é essencial para fidelizar futuros assinantes pagos.

Mas uma pesquisa recente apontou que 78% dos americanos consideram improvável entrar para um serviço de streaming pago nos próximos 6 meses.

No total, o streaming já responde por mais de 1 bilhão de dólares, cerca de um terço da receita da indústria musical, contra cerca de um quarto no mesmo período de 2014.

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