Nicolás Maduro: atraso na chegada das novas notas foi provocado por uma "sabotagem dirigida pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos" (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)
AFP
Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 07h32.
Última atualização em 19 de dezembro de 2016 às 08h15.
As novas cédulas de 500 bolívares, que deveriam ter entrado em circulação na Venezuela na quinta-feira passada, chegaram no domingo ao país em um avião procedente da Suécia, informou o Banco Central (BCV).
"São 13,5 milhões de peças que chegam em 272 caixas e em cada uma há 50 mil unidades de 500 bolívares", afirmou o vice-presidente do BCV, José Khan.
As notas devem entrar em circulação no fim do mês, afirmara mais cedo o presidente Nicolás Maduro, que prorrogou até 3 de janeiro a vigência da cédula de 100 bolívares - a maior em circulação atualmente, equivalente a 0,15 dólar na taxa oficial mais elevada.
A retirada na quinta-feira da cédula de 100 e a falta das novas notas provocaram um fim de semana de protestos e saques, que deixaram um morto e mais de 300 detidos.
Maduro afirmou que o atraso na chegada das novas notas foi provocado por uma "sabotagem dirigida pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos".
O vice do BCV afirmou que o país deve receber nas próximas semanas lotes de 11,5 e 35 milhões de cédulas de 500 bolívares.
Maduro afirmou que decidiu eliminar o uso da nota de 100 para atacar as "máfias" que monopolizavam as cédulas nas zonas de fronteira com a Colômbia e o Brasil.
O presidente afirmou que devem chegar progressivamente ao país o restante das novas cédulas - a maior delas de 20.000 bolívares.
Também devem começar a circular esta semana 3,5 milhões de moedas de 100 bolívares, produzidas pela Casa da Moeda do país, segundo o BCV.