Com medo da escassez, consumidores fazem fila para comprar papel higiênico em mercado em Caracas: o motivo da escassez do produto é a inflação galopante (Jorge Silva / Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 21h53.
Caracas - O governo venezuelano ordenou nesta sexta-feira a ocupação temporária da fábrica de papel higiênico Manpa a fim de garantir o abastecimento de um produto que se converteu em um símbolo da escassez de bens essenciais no país.
O desabastecimento de alimentos, remédios e outros produtos se agravou neste ano em meio a uma inflação galopante. Longas filas em frente a supermercados são comuns na Venezuela.
"A decisão foi tomada ao observar a vulnerabilidade deste direito no acesso ao papel higiênico", disse a chefe da reguladora Superintendência Nacional de Custos e Preços (Sundecop), Karlín Granadillo, em comunicado à imprensa.
A Sundecop afirmou que o objetivo da medida é verificar o processo de produção, distribuição e comercialização do papel higiênico, mas não deu detalhes sobre as normas que a empresa teria violado.
A Manpa é uma empresa local que fabrica papel higiênico, absorventes higiênicos e fraldas descartáveis.
O governo do presidente Nicolás Maduro culpa o empresariado privado pela escassez, enquanto a indústria e os importadores se queixam das dificuldades para ter acesso a dólares, que lhes permitem comprar matéria-prima e bens finais no exterior, já que há um forte controle cambial.