Economia

Venezuela introduz notas de valores mais altos

Organismos como o Fundo Monetário Internacional calculam que os preços aumentaram pelo menos 500 por cento neste ano.

Venezuelano com maço de dinheiro: primeiras notas que devem entrar em circulação serão de 500 bolívares e 5.000 bolívares (Getty Images)

Venezuelano com maço de dinheiro: primeiras notas que devem entrar em circulação serão de 500 bolívares e 5.000 bolívares (Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 4 de dezembro de 2016 às 12h16.

Caracas - O Banco Central da Venezuela anunciou neste domingo que introduzirá, de maneira progressiva, seis novas notas e três moedas para facilitar os pagamentos em dinheiro no país, que sofre com uma inflação na casa dos três dígitos.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou na última sexta-feira que as primeiras notas que devem entrar em circulação serão de 500 bolívares e 5.000 bolívares - essa última 50 vezes maior que a nota mais alta em circulação hoje, a de 100 bolívares.

O BC venezuelano informou também que, a partir de 15 de dezembro, serão introduzidas paulatinamente as notas de 1.000, 2.000, e 20.000 bolívares e moedas de 10, 50 e 100 bolívares, que conviverão com as notas e moedas atuais.

"A ampliação do espectro monetário tornará mais eficiente o sistema de pagamentos, facilitará as transações comerciais e minimizará os custos de produção, reposição e traslado de dinheiro em espécie, o que se traduzirá em benefícios para os bancos, o comércio e a população em geral", disse o BC em um comunicado.

O BC venezuelano não publicou dados de inflação ou recessão de todo o ano de 2016, mas organismos como o Fundo Monetário Internacional calculam que os preços aumentaram pelo menos 500 por cento.

O bilhete de maior denominação é o de 20.000 bolívares, equivalente a cerca de 30 dólares, pelo cálculo feito com o maior dos três câmbios oficiais, de 664 bolívares por dólar. No paralelo, no entanto, será de apenas 4,5 dólares.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaDinheiroInflaçãoVenezuela

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo