Economia

Venezuela acerta com o Brasil dívida de US$ 262,5 mi

O valor é referente a débitos da Venezuela com empresas brasileiras, garantidos pelo Tesouro Nacional e já pagos às empresas

Maduro: Com o pagamento, a Venezuela evitou a formalização de um calote (Marco Bello/Reuters)

Maduro: Com o pagamento, a Venezuela evitou a formalização de um calote (Marco Bello/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 17h01.

O Ministério da Fazenda informou hoje (10) que o Banco Central da Venezuela (BCV) pagou ao Brasil, no dia 5 deste mês, o saldo devedor referente ao segundo quadrimestre de 2017, no âmbito do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR). A dívida, de US$ 262,5 milhões, estava vencida desde setembro de 2017.

O valor é referente a débitos da Venezuela com empresas brasileiras, garantidos pelo Tesouro Nacional e já pagos às empresas. Com o pagamento, a Venezuela evitou a formalização de um calote. "O recebimento foi possível devido a uma iniciativa conjunta da Secretaria da Assuntos Internacionais, do Banco Central do Brasil e dos bancos financiadores", diz nota divulgada pelo Ministério da Fazenda.

A transação foi feita por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), pois a Venezuela alegou problemas operacionais para quitar a dívida em dólares norte-americanos. O Ministério da Fazenda informou que, após receber o montante, o Banco Central do Brasil transferiu os valores devidos para as instituições financeiras autorizadas com operações de exportações registradas no referente quadrimestre, encerrando as obrigações brasileiras no processo.

A nota também informa que os compromissos da Venezuela com o Brasil junto ao CCR, previstos para este mês, no valor de US$ 274,6 milhões, ainda não foram honrados. "O governo brasileiro adotará as medidas para buscar regularização dos pagamentos", informa a nota.

Acompanhe tudo sobre:BrasilDívidasVenezuela

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto