Economia

Vendas tiveram pior 1º semestre desde 2010, diz Fenabrave

Entre os fatores para o mau resultado, presidente destaca dificuldade na obtenção de crédito, efeitos da Copa e recomposição gradual do IPI


	Carros: expectativa passou a ser de queda de 7,75% nas vendas este ano
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Carros: expectativa passou a ser de queda de 7,75% nas vendas este ano (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 17h09.

São Paulo - O total de vendas de automóveis e comerciais leves no primeiro semestre do ano - 1,582 milhão - é o pior resultado para o período desde 2010, quando o número foi de 1,495 milhão de unidades.

Na comparação com 2013, o resultado dos primeiros seis meses deste ano representa queda de 7,33% nas vendas do segmento.

"Voltamos ao volume de 2010", disse o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Flávio Meneghetti.

Entre os fatores para o mau resultado do setor, Meneghetti destaca a dificuldade por parte do consumidor na obtenção de crédito, os efeitos da Copa e a recomposição gradual do IPI.

Com os números do semestre, a Fenabrave decidiu revisar as projeções para um cenário mais pessimista. A expectativa da instituição passou a ser de queda de 7,75% nas vendas de automóveis e comerciais leves este ano.

No mês passado, a previsão era de que a variação no ano fosse negativa em 3,50%.

No início do ano, a instituição trabalhava ainda com dois cenários: no mais otimista, era aguardada estabilidade nas vendas de automóveis no ano, mas os números alteraram a visão do setor.

Caminhões e ônibus

A projeção para vendas de caminhões e ônibus também foi alterada, passando a ser de -14,07% (ante expectativa anterior de alta de 1,63%).

O pior problema para o setor, avalia Alarico Assumpção Júnior, presidente-executivo da Fenabrave, é a atual situação da atividade econômica.

"Se a economia vai mal, há menos carga a ser transportada", disse. "Hoje tem produto, cliente e fomentação (financiamento). O que não tem é carga transportada no volume que precisaria", completou.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCopa do MundoCréditoEsportesFutebolVeículosVendas

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta