Dia das Mães: os itens pessoais e de menor valor, como calçados, bolsas, roupas e acessórios, têm 40% da preferência desses consumidores (shironosov/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2016 às 17h02.
São Paulo - Pelo menos metade dos consumidores brasileiros (50%) não pretende comprar presente neste Dia das Mães, aponta pesquisa do Instituto Ipsos encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Apenas 49% dos entrevistados afirmaram ter essa intenção, enquanto 1% não soube ou não quis responder. A data é considerada a segunda melhor do ano pelo varejo, atrás apenas do Natal.
Os dados levantados são muito semelhantes aos da pesquisa do ano passado. Naquela ocasião, 50% também disseram que não tinham intenção de comprar presente, 46% afirmaram que comprariam e 4% não souberam ou não quiseram responder.
A similaridade também é grande em outro ponto: quase um quarto (22%) dos que pretendem comprar presentes afirmam não ter decidido o que dar, exatamente o mesmo porcentual registrado em 2015.
Os itens pessoais e de menor valor, como calçados, bolsas, roupas e acessórios, têm 40% da preferência desses consumidores. Já as joias, perfumes, cosméticos e bijuterias são as opções de 22%, enquanto as flores correspondem a um universo de apenas 8%.
"A pesquisa reforça o apelo que essa data comercial tem junto aos consumidores, que vão priorizar compras à vista - em outras palavras, itens de menor valor. Isso acontece em virtude das incertezas que pairam nesse momento sobre a economia e a política do Brasil", afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp), em nota divulgada à imprensa.
A grande diferença em relação à pesquisa do ano passado é o aumento da intenção em adquirir bens duráveis. Os produtos da linha branca, como geladeira, máquina de lavar, micro-ondas e fogão, foram lembrados por 8% dos consumidores, contra apenas 4% em 2015.
Já o item chamado "Outros eletrodomésticos", que não teve citações no ano passado, agora foi apontado por 4% dos entrevistados.
"Sabemos que, em decorrência da insegurança e do difícil acesso ao crédito, os bens duráveis não estão nos planos imediatos dos consumidores. O que a pesquisa indica, contudo, é que eles ainda têm o desejo de comprar esses itens para a mãe e para o lar. Ou seja, quando a situação econômica melhorar, essas compras devem se concretizar", analisa Burti.