Economia

Vendas para Argentina, UE e Europa Oriental são 82% da queda

Os embarques externos para o parceiro do Mercosul (Argentina) somaram US$ 13,47 bilhões, no acumulado do ano


	A invasão estrangeira: as exportações para a União Europeia somaram US$ 36,52 bilhões nos primeiros nove meses do ano
 (Germano Lüders/EXAME.com)

A invasão estrangeira: as exportações para a União Europeia somaram US$ 36,52 bilhões nos primeiros nove meses do ano (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2012 às 18h32.

Brasília – A extensão da crise econômica internacional refletiu na queda das exportações brasileiras. As vendas para Argentina, União Europeia e Europa Oriental responderam por 82,2% da queda nas exportações, de janeiro a setembro deste ano. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os embarques externos para o parceiro do Mercosul (Argentina) somaram US$ 13,47 bilhões, no acumulado do ano - recuo de US$ 3,41 bilhões em comparação ao período de janeiro a setembro de 2011. Segundo a secretária de Comércio Exterior do ministério, Tatiana Prazeres, o recuo é atribuído a vários fatores: “A queda tem a ver com a diminuição de mercado, dificuldades e barreiras enfrentadas por exportadores e queda de preço dos produtos.”

A secretária destacou que o diálogo contínuo com o governo argentino tem facilitado o “fluxo comercial” - que ainda não atingiu patamar como “gostaria o governo brasileiro”. “A situação econômica da Argentina não favorece crescimento mais acentuado como gostaríamos de verificar. Desde junho, vem ocorrendo aumento consistente das vendas para a Argentina em comparação com meses anteriores. Em junho, houve o diálogo [do governo brasileiro] com os argentinos. Em julho, houve aumento ante junho e em agosto e setembro também houve crescimento”, comentou.

As exportações para a União Europeia somaram US$ 36,52 bilhões nos primeiros nove meses do ano, contra US$ 39,74 bilhões no mesmo período do ano passado. Para a Europa Oriental, as vendas externas recuaram de US$ 4,42 bilhões, de janeiro a setembro de 2011, para US$ 3,25 bilhões, no acumulado deste ano.

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