Economia

Vendas nos supermercados crescem em ritmo mais lento

No acumulado do ano, as vendas reais do setor aumentaram 5,18%, já descontada a inflação do período com base na variação do IPCA


	Supermercado no Rio de janeiro: o ritmo de crescimento das vendas ficou um pouco abaixo do registrado em setembro
 (André Valentim/EXAME.com)

Supermercado no Rio de janeiro: o ritmo de crescimento das vendas ficou um pouco abaixo do registrado em setembro (André Valentim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 12h26.

São Paulo - Os supermercados de todo o país venderam 2,38% mais, em outubro último, do que no mesmo período do ano passado e 2,2% acima do resultado de setembro último, segundo o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano, as vendas reais do setor aumentaram 5,18%, já descontada a inflação do período com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ritmo de crescimento das vendas ficou um pouco abaixo do registrado em setembro, quando a taxa acumulada do ano havia ficado em 5,5%. Em outubro, o valor da cesta com os 35 produtos mais consumidos, o AbrasMercado, apurado pelo instituto GFK, atingiu R$ 334,64, o que representa alta de l,45% na comparação com o mês anterior e 7,97% na comparação com o mesmo período do ano passado.

As maiores elevações foram constatadas nos seguintes produtos: arroz ( 7,64%), farinha de mandioca (2,67%) e café torrado e moído (2,45%). Já as principais quedas foram: tomate (-6,75%), cebola (-3,63%) e sal (-2,32%).

De acordo com Índice Nacional de Volume – medido pela Nielsen para a Abras, a quantidade de produtos comprados em supermercados de janeiro a outubro foi 0,2% inferior ao volume registrado em igual período de 2011, quando o consumo havia crescido 2% sobre 2010. Houve elevação apenas na cesta de bebidas não alcoólicas (l,5%) e limpeza caseira (0,1%).

A venda de bebidas alcoólicas ficou estável e entre as cestas em queda estão as de mercearia doce, com variação de -0,1%; perecíveis, com -0,4%; mercearia salgada, com -0,6%; higiene e beleza, com -1,4% e a cesta “outros” que contém principalmente produtos de bazar, com -2,9%.

Por categoria de produto, o bolo industrializado foi o que teve maior alta (23,1%), seguido pelo suco de frutas pronto para consumo (15,2%); água mineral (11,8%); whisky (7,8%); vinho (6,0%); leite com sabor (5,4%); amaciante de roupa (5,1%); iogurte (4,0%); chocolate (3,9%) e salgadinho para aperitivos (3,6%).

Na lista das principais quedas estão: sabão em barra (-10,2%); inseticida (-9,6%); açúcar (-9,1%); carnes congeladas (-4,5%); papel higiênico (-4,2%); leite condensado (-4,1%); arroz (-3,6%); fralda descartável e creme dental (-3,5%) e margarina (-3,0%).

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