Varejo: na divisão geográfica, houve queda em todas as regiões. A retração mais acentuada foi registrada no Sul (-7,0%), seguida do Norte (-6,2%), Sudeste (-5,6%), Centro-Oeste (-5,2%) e Nordeste (-3,8%) (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2015 às 17h56.
São Paulo - As vendas no comércio varejista brasileiro tiveram queda de 5,5% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o relatório MasterCard SpendingPulse.
Trata-se da maior retração para o período desde 2009, quando começa a série histórica. A média dos últimos três meses desacelerou para -4,7%, de -3,6% no trimestre até junho.
Dos sete setores considerados na pesquisa, Combustíveis e Supermercados ficaram abaixo da média geral, enquanto Vestuários, Artigos farmacêuticos, Móveis e eletrodomésticos, Material de construção e Artigos de uso pessoal e doméstico ficaram melhor que o saldo total.
Na divisão geográfica, houve queda em todas as regiões. A retração mais acentuada foi registrada no Sul (-7,0%), seguida do Norte (-6,2%), Sudeste (-5,6%), Centro-Oeste (-5,2%) e Nordeste (-3,8%).
"O ambiente econômico do Brasil continua a deteriorar-se, como altas taxas de juros, inflação e um patamar elevado da taxa de desemprego, gerando uma desaceleração da massa salarial", afirma Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da MasterCard Advisors.
"Os fundamentos fracos da economia devem continuar a pesar sobre as vendas no varejo nos próximos meses", acrescenta.
Enquanto isso, as vendas online tiveram crescimento de 11,5% em julho, na contramão do varejo total. No trimestre até julho, a expansão foi de 10,9%, ante +9,8% nos três meses encerrados em junho.
Os setores de Móveis e de Eletrônicos ficaram acima da média do e-commerce, enquanto Artigos Farmacêuticos, Vestuários e Hobby & Livraria tiveram desempenho abaixo do resultado total.
O SpendingPulse é um indicador macroeconômico que informa sobre gastos no varejo nacional e o desempenho do consumo. O relatório é baseado nas atividades de vendas na rede de pagamentos MasterCard, juntamente com as estimativas para todas as outras formas de pagamento, incluindo dinheiro e cheque.
O relatório, bem como as previsões de tendências de gastos, não refletem ou se relacionam com o desempenho operacional e financeiro da MasterCard.