Mulher faz compras em uma loja de roupas: entre atividades que apresentaram variações positivas no volume de vendas, há destaque para tecidos, vestuário e calçados (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 10h04.
Rio de Janeiro – O comércio varejista cresceu 1,9% no volume de vendas em julho, o maior resultado desde janeiro de 2012 (2,8%) informou hoje (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da receita nominal foi 2%, a maior variação desde junho de 2012 (2,4%).
Entre as dez atividades pesquisadas, oito apresentaram variações positivas no volume de vendas, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (5,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,5%), móveis e eletrodomésticos (2,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%). As atividades que tiveram variação negativa foram combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e veículos e motos, partes e peças (-3,5%). Na comparação com julho de 2012, todas as atividades cresceram.
O segmento de móveis e eletrodomésticos, com aumento de 11% no volume de vendas em relação a julho do ano passado, foi responsável pela maior participação (22,4%) da taxa global do varejo no mês. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 2,6% em julho sobre o mesmo mês de 2012, foram responsáveis pela segunda maior participação no resultado do varejo (21,8%). Apesar do aumento, segundo o IBGE, a atividade apresenta desempenho abaixo da média, devido aos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral no período de 12 meses: 11,9% no grupo alimentação no domicilio, contra 6,3% da inflação global, segundo o IPCA. A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceu 12% em relação a julho de 2012 e teve o terceiro maior impacto (18,9%).
O comércio ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, variou 0,6% em julho na comparação com junho para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal. A taxa para veículos, motos, partes e peças caiu 3,5% em relação a junho. Comparando com julho do ano anterior, a variação foi -1,8%.
Segundo o IBGE, o Acre foi a única das 27 unidades da Federação a obter resultado negativo em julho, com queda de -1,7% no volume de vendas em relação a julho do ano passado. Os estados que mais cresceram no comércio varejista em julho foram: Mato Grosso do Sul (15,7%), a Paraíba (13,8%), o Rio Grande do Norte (10,9%), Rondônia (10,9%) e Pernambuco (10,7%). Na comparação com junho passado, para o volume de vendas, 21 unidades da Federação cresceram, com destaque para: Mato Grosso do Sul (6%), São Paulo (3,2%), o Rio de Janeiro (2,6%), Rio Grande do Sul (2,6%) e Santa Catarina (2,5%). As maiores quedas foram registradas em Roraima (-1,4%), Mato Grosso (-1,4%) e no Tocantins (-0,9%).