Pessoas de máscaras em lojas: em termos nominais, que espelham a receita de vendas observada pelos varejista, a queda foi de 9,7% (Rodrigo Capote/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de abril de 2020 às 11h49.
Última atualização em 17 de abril de 2020 às 11h51.
As vendas no varejo brasileiro recuaram 11,7% em março ante o mesmo mês do ano passado, descontada a inflação, mostrou nesta sexta-feira o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que acompanha as vendas de 1,6 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observada pelos varejista, a queda foi de 9,7%. Em fevereiro, o ICVA havia apurado alta de 5,2% nas vendas reais e aumento de 9,1% nas vendas nominais.
O resultado de março foi o mais negativo apurado pelo ICVA desde a sua criação em janeiro de 2014, disse a Cielo.
A empresa acrescenta que o desempenho no mês passado ainda foi beneficiado pelo calendário, uma vez que em 2019 o Carnaval ocorreu em março, o que diminuiu a base de comparação.
"Ao ajustar este efeito de calendário, a queda foi ainda maior: 12,5% pelo ICVA deflacionado e 10,5% em termos nominais", afirmo.
"A queda foi resultado tanto da diminuição da demanda, já que os consumidores saíram menos às ruas, quanto da oferta, uma vez que muitos lojistas fecharam as portas, seja por iniciativa própria ou por determinação das autoridades governamentais", afirmou o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
Ele acrescentou, em nota, que os segmentos de Turismo e Vestuário estão entre os mais prejudicados. Em compensação, os segmentos de artigos de primeira necessidade, como Supermercados e Farmácias, apresentaram crescimento das vendas, em especial nas primeiras semanas de março.