Economia

Vendas no varejo no euro caem além do esperado em abril

O crescimento do desemprego na zona do euro prejudica a capacidade das famílias de gastar em carros e roupas

As vendas em lojas nos 17 países que compartilham o euro caíram 1% no mês ante março, segundo informou nesta terça-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (Philippe Huguen/AFP)

As vendas em lojas nos 17 países que compartilham o euro caíram 1% no mês ante março, segundo informou nesta terça-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 08h57.

Bruxelas - Os consumidores da zona do euro diminuíram seus gastos além do esperado em abril, fazendo com que as vendas no varejo caíssem na maior margem até agora neste ano, na medida em que o crescimento do desemprego prejudica a capacidade das famílias de gastar em carros e roupas.

As vendas em lojas nos 17 países que compartilham o euro caíram 1,0 por cento no mês ante março, segundo informou nesta terça-feira o escritório de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, recuando 2,5 por cento na base anual.

Destacando a piora da economia, ambas as leituras vieram bem abaixo das previsões de economistas consultados pela Reuters, que viam contrações de 0,1 por cento e 1,1 por cento, respectivamente.

"As vendas no varejo não crescem, comparado com o mesmo período do ano anterior, desde abril de 2011", disse Dominique Barbet do BNP Paribas em comunicado antes da divulgação dos dados.

Com mais de 17 milhões de pessoas desempregadas na zona do euro e com governos diminuindo o número de empregados e congelando salários daqueles que continuam, as famílias não conseguem ajudar a reanimar a estagnada economia.

Pouco mais da metade da produção econômica da zona do euro é gerada por gastos domésticos dos consumidores, mas ao passo que governos buscam reduzir suas dívidas e déficits, a demanda por produtos fica fraca.

Embora os consumidores tenham gasto um pouco mais com comida e bebida em abril, com o comércio nesse setor subindo 0,3 por cento, as compras de todos os outros itens, incluindo roupas, carros, móveis e computadores, caíram 1,4 por cento no mês.

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